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Coronavírus

'Fui escolhida para reduzir o quadro de funcionários', diz operadora de caixa

Demitida de loja no centro do Rio após dez meses de trabalho, Sabrina Torres, de 27 anos, já planeja mudança de Estado e passou a produzir acessórios para manter a renda

30 set 2020 - 22h31
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Sabrina Torres, 27 anos, foi operadora de caixa durante dez meses em uma loja no centro do Rio de Janeiro até abril deste ano, quando foi demitida por causa da pandemia do coronavírus. "Meu amigo, que também trabalhava lá, me ligou avisando que tinha sido demitido. Assim que ele desligou, minha supervisora me avisou que eles precisariam reduzir o quadro de funcionários e eu tinha sido escolhida."

Com a demissão, ela precisou entregar a casa onde morava de aluguel com o namorado, que era barman em um restaurante no aeroporto do Galeão, mas foi demitido em janeiro deste ano. Ele foi morar com a mãe dela em Natal (RN), para onde Sabrina planeja ir no fim de outubro para ter um pouco mais de estabilidade.

Desde então, mora na casa de uma amiga. Durante a semana, produz acessórios para as encomendas que recebe e também para vender em Ipanema nos fins de semana. Ela disse que consegue cerca de R$ 100 com a venda dos acessórios na praia.

Vitória Mendes, 20 anos, estava prestes a completar um ano como estagiária para, então, ser efetivada no escritório de um SPA médico em São Paulo, mas a estudante de administração foi demitida por vídeo chamada no início de maio e, dois meses depois, voltou para a casa dos pais, em Santa Catarina.

A retomada dos planos, de estudar e trabalhar, porém, vai depender do aquecimento do mercado de trabalho: "Por estar na casa dos meus pais, não me falta nada. Mas não é algo que eu queria depois de ter passado anos morando sozinha, de ter meu emprego e, agora, não ter nada, nem perspectiva", disse.

Estadão
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