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Coronavírus

Coronavírus: crescimento de infecções entre jovens está provocando aumento de casos na Europa, diz OMS

Países europeus estão vendo uma proporção maior de novos casos entre os jovens, alerta órgão de saúde.

29 jul 2020 - 08h05
(atualizado às 08h12)
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Um dia quente de praia em Barcelona, no dia 17 de julho
Um dia quente de praia em Barcelona, no dia 17 de julho
Foto: EPA / BBC News Brasil

O diretor regional da Europa para a Organização Mundial da Saúde (OMS), Hans Kluge, afirmou que o aumento de infecções entre jovens pode estar provocando picos recentes de casos em todo o continente.

Ele disse ao programa Today da Rádio 4 da BBC que as autoridades precisavam se comunicar melhor com os mais jovens.

"Um número crescente de países está passando por surtos localizados e um ressurgimento de casos. O que sabemos é que isso é uma consequência da mudança no comportamento humano", disse ele.

"Estamos recebendo relatórios de várias autoridades de saúde sobre uma proporção maior de novas infecções entre jovens. Então, para mim, é o suficiente para repensarmos a melhor maneira de envolver os jovens."

Kluge disse que, como pai de duas filhas, entende que os jovens "não queiram perder o verão".

Mas ele acrescentou: "Eles têm uma responsabilidade em relação a si mesmos, a seus pais, avós e comunidades. E agora sabemos como adotar comportamentos bons e saudáveis, então vamos aproveitar ess conhecimento".

Semanas após os bloqueios começarem a ser amenizados em todo o continente europeu, os casos de novas infecções começam a aumentar em algumas áreas. Por isso, governos começaram a pedir mais cautela, além de adotar novas medidas para conter a disseminação do vírus.

Pessoas na praia na ilha de Maiorca, na Espanha; depois de relaxar regras de quarentena, países viram aumento de casos
Pessoas na praia na ilha de Maiorca, na Espanha; depois de relaxar regras de quarentena, países viram aumento de casos
Foto: Reuters / BBC News Brasil

Na terça-feira, o Senado italiano votou pela extensão do estado de emergência. O primeiro-ministro, Giuseppe Conte, disse que as infecções estão aumentando em países vizinhos — incluindo França, Espanha e Bálcãs — e pediu uma vigilância extra para impedir que o vírus volte.

O chefe da agência de saúde pública da Alemanha também disse que está "muito preocupado" com o aumento de infecções. Lothar Wieler, chefe do Instituto Robert Koch (RKI), disse a repórteres na terça-feira que os alemães haviam se tornado "negligentes" e pediu às pessoas que usassem máscaras faciais e respeitassem as regras sociais de distanciamento e higiene.

A Alemanha resistiu bem ao surto inicial, mas, na semana passada, registrou 3.611 novas infecções.

A Grécia — que também resistiu bem nos primeiros meses da pandemia — disse que está tornando as máscaras obrigatórias novamente em lojas e serviços públicos após um aumento recente de infecções.

O ministro da Saúde da França, Olivier Véran, disse que queria evitar outro lockdown e pediu às pessoas que "não baixem a guarda".

E no Reino Unido, a súbita decisão do governo de impor uma quarentena de 14 dias aos viajantes que chegam da Espanha atrapalhou os planos de férias de milhares de pessoas. A Espanha criticou a medida como "injusta", afirmando que o aumento de novas infecções por lá se limita em grande parte a apenas duas regiões.

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