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Coronavírus

Após quase 3 meses internado com covid-19, morre Maguito Vilela, prefeito de Goiânia

Eleito em novembro, Maguito Vilela tomou posse no hospital, em São Paulo; ele tinha 71 anos

13 jan 2021 - 07h15
(atualizado em 20/1/2021 às 23h34)
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Morreu na madrugada desta quarta-feira, 13, aos 71 anos, o prefeito licenciado de Goiânia, Maguito Vilela (MDB), após quase três meses internado com um quadro grave de covid-19. Ele estava no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, desde o dia 22 de outubro, e lutava contra uma infecção pulmonar diagnosticada na semana passada.

Eleito prefeito da capital goiana em novembro passado, Maguito precisou tomar posse por meio de assinatura eletrônica, e ainda sedado. Ele não participou da reta final da campanha e estava na UTI no dia em que venceu o senador Vanderlan Cardoso (PSD), no 2.º turno. Maguito foi o terceiro de sua família a morrer em decorrência de complicações da covid-19 - em agosto ele havia perdido duas irmãs.

Maguito Vilela (MDB) estava internado desde outubro e enfrentava uma infecção pulmonar diagnosticada na semana passada.
Maguito Vilela (MDB) estava internado desde outubro e enfrentava uma infecção pulmonar diagnosticada na semana passada.
Foto: Reprodução/Redes sociais / Estadão

"E´ com profundo pesar que comunicamos o falecimento do prefeito de Goia^nia, Maguito Vilela, ocorrido nesta madrugada de 13 de janeiro. Internado desde o dia 22 de outubro para tratar da covid-19, Maguito lutava contra uma infecc¸a~o pulmonar diagnosticada na semana passada. A fami´lia esta´ providenciando o traslado do corpo de Sa~o Paulo para Goia´s e ele deve ser sepultado em Jatai´, sua terra natal. Assim que tivermos mais informac¸o~es repassaremos", diz o comunicado publicado nas redes sociais.

O prefeito tinha mais de 40 anos de vida pública. Foi vereador, deputado estadual, governador de Goiás e senador. Após deixar o Senado, em 2007, foi prefeito por dois mandatos da segunda maior cidade de Goiás, Aparecida de Goiânia. Ele entrou na disputa pela capital, em 2020, após seu correligionário, Íris Rezende, decidir que não se candidataria à reeleição.

O MDB publicou uma nota de pesar. "Deputado constituinte, Maguito defendeu causas sociais e mais oportunidades para os mais pobres", diz o texto, assinado pelo presidente nacional da sigla, o deputado Baleia Rossi (SP).

Vanderlan Cardoso, adversário de Vilela na eleição do ano passado, também prestou condolências à família. "Goiânia perde um grande gestor. Goiás e o Brasil perdem um grande político e nós perdemos um grande amigo."

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), decretou luto oficial por três dias no Estado. "Goiás perde um de seus mais notáveis líderes, após 83 dias de uma batalha incessante pela vida", diz a nota do governo do Estado. "Sua morte, mesmo sabendo-se do risco, nos deixou chocados", afirmou o ex-prefeito Iris Rezende (MDB), que dividiu com Maguito muitas campanhas eleitorais em Goiás.

O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, deputado Lissauer Vieira (PSB), disse que Maguito sempre foi um republicano. "Mesmo na oposição, sempre foi coerente, o que fez dele um político respeitado por todos." O presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo (Patriota), considerou uma perda sem precedentes para Goiânia. "Mais uma vida que essa pandemia nos tira."

Substituto

Com a morte de Maguito, quem assume é o vice-prefeito, Rogério Cruz (Republicanos), que já estava à frente da prefeitura em razão do afastamento do titular. Cruz lamentou a morte do companheiro de chapa em suas redes sociais. "Perde um gestor experiente, preocupado com os mais necessitados e com apurado senso de Justiça. Mas perde também um homem simples, conciliador e agregador. Eu perco um amigo e uma grande referência como homem público."

Nascido em Duque de Caxias, no Rio, Cruz tem 54 anos, é radialista e pastor licenciado da Igreja Universal. Era executivo da TV Record quando chegou a Goiânia, em 2010, para estruturar o sistema de rádio local da emissora. Na capital goiana, foi eleito vereador em 2012 e reeleito em 2016.

Estadão
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