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Conselho de agência nuclear da ONU eleva pressão sobre Irã por entrada em locais suspeitos

19 jun 2020 - 09h48
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O Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) pediu ao Irã nesta sexta-feira que pare de negar à agência o acesso a dois locais suspeitos e que coopere totalmente com o órgão, disseram diplomatas presentes na reunião.

Diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, em entrevista coletiva em Viena
15/06/2020 REUTERS/Leonhard Foeger
Diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, em entrevista coletiva em Viena 15/06/2020 REUTERS/Leonhard Foeger
Foto: Reuters

Uma resolução, adotada em uma votação convocada após a China manifestar sua oposição, aumentou a pressão sobre o Irã para permitir que inspetores entrem nos locais mencionados em dois relatórios da agência por ainda poderem hospedar material nuclear não declarado ou vestígios dele.

O texto da resolução submetida por França, Reino Unido e Alemanha e obtido pela Reuters afirma que o conselho "pede ao Irã que coopere totalmente com a agência e atenda às solicitações da agência sem mais delongas, inclusive fornecendo acesso imediato aos locais especificados pela agência."

O acordo nuclear iraniano com as principais potências delineou em 2015 o que a AIEA e o serviço de inteligência dos Estados Unidos acreditam ser um programa secreto e coordenado de armas atômicas interrompido em 2003. Mas a apreensão feita por Israel do que se acredita ser parte de um "arquivo" de trabalhos anteriores do Irã parece produzir novas pistas sobre atividades passadas.

A AIEA suspeita que atividades possivelmente relacionadas ao desenvolvimento de armas nucleares foram realizadas no início dos anos 2000 nesses locais. O Irã sugeriu que a agência está buscando acesso com base nas informações israelenses, que considera inadmissíveis, e reitera que o arquivo da AIEA sobre suas atividades anteriores foi fechado.

"Acho que o pronunciamento foi claro", disse Rafael Grossi, chefe da AIEA. "Pretendo me reunir com o Irã muito em breve e tentar resolver isso o mais rápido possível. Começo com o embaixador aqui...e depois veremos", acrescentou.

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