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Vacina italiana anti-Covid é segura em fase inicial de testes

Fase 1 envolveu 100 pessoas e conseguiu também gerar anticorpos

5 jan 2021 - 08h53
(atualizado às 09h23)
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A Itália apresentou nesta terça-feira (05) resultados positivos da primeira fase de testes de uma vacina anti-Covid que está sendo desenvolvida no país, a Grad-CoV-2, criada pela empresa de tecnologia Reithera com o apoio do Instituto Nacional Lazzaro Spallanzani, maior referência em doenças infecciosas da nação.

Vacina italiana anti-Covid da Reithera ainda está na fase 3 de testes
Vacina italiana anti-Covid da Reithera ainda está na fase 3 de testes
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Segundo o diretor científico do Spallanzani, Giuseppe Ippolito, a primeira etapa contou com 100 voluntários saudáveis e 45 deles receberam doses diferentes do imunizante para testar a segurança.

"A vacina não teve nenhum evento adverso grave nos primeiros 28 dias da vacinação, um resultado melhor em relação à Moderna e à Pfizer, que tiveram efeitos indesejados. O pico de produção de anticorpos ocorreu em quatro semanas e ficou constante, e a vacina é de apenas uma dose", disse Ippolito ao apresentar os números.

Ainda conforme o diretor do hospital, a Grad-CoV-2 "demonstrou ser segura, ter capacidade de induzir a resposta imunológica dos adultos e a resposta é similar a daquelas vacinas com duas doses" com "92,5% dos vacinados com níveis relevantes de anticorpos".

Atualmente, a vacina está na fase três de testes e Ippolito espera que ela seja concluída "até o verão", que no hemisfério norte vai de junho a outubro.

"Tentaremos ter alguma independência também na produção de vacinas. O governo destinou recursos suficientes para financiar o desenvolvimento sucessivo dos testes da Reithera", informou o comissário extraordinário para a Emergência Covid-19, Domenico Arcuri.

De acordo com o que havia sido informado no início dos testes, em agosto do ano passado, o Ministério da Universidade e da Pesquisa investiu 3 milhões de euros no projeto, além de outros 5 milhões do governo da região de Lazio.

A presidente da Reithera, Antonella Folgore, disse que a meta da empresa é "produzir cerca de 100 milhões de doses de vacina por ano" e ressaltou que, por usar uma tecnologia tradicional, as ampolas podem ser mantidas entre 2°C e 8°C - a temperatura normal de uma geladeira.

A Grad-CoV-2 usa um adenovírus de chimpanzé para apresentar ao organismo a proteína Spike, que o Sars-CoV-2 usa para invadir as células humanas. Diferentemente dos imunizantes com tecnologia de RNA mensageiro, citados por Ippolito ao falar da Moderna e da Pfizer, o método tradicional é considerado mais barato também.

Até o momento, a Itália está aplicando uma vacina anti-Covid aprovada pela União Europeia, a BNT 162b, da Pfizer e do laboratório alemão BioNTech, e já imunizou cerca de 180 mil pessoas de grupos prioritários. .

Ansa - Brasil   
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