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A 'Cidade Perdida do Deus Macaco' que guarda animais antes considerados extintos

Em meio a ruínas arqueológicas na floresta de La Mosquita, em Honduras, os cientistas acabam de revelar uma exuberante população de plantas e animais, alguns dos quais não eram vistos há décadas. Eles também encontraram um peixe que, segundo eles, nunca havia sido registrado.

27 jun 2019 - 16h44
(atualizado às 22h04)
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A cobra de pestana é muito venenosa - ela foi uma das identificadas por pesquisadores na área
A cobra de pestana é muito venenosa - ela foi uma das identificadas por pesquisadores na área
Foto: Trond Larsen / BBC News Brasil

Em 2015, um grupo de arqueólogos achou um "tesouro" na floresta de La Mosquita, no nordeste de Honduras.

Lá, eles encontraram as ruínas milenares de um assentamento que alguns consideram corresponder à chamada "Cidade Branca", também conhecida como "Cidade Perdida do Deus Macaco".

Agora, um grupo de pesquisadores revelou que esse lugar está no meio de um ecossistema próspero e exuberante, onde existem várias espécies raras, outras que se acreditava estarem extintas e até uma aparentemente desconhecida.

Os pesquisadores encontraram 246 espécies de borboletas e mariposas
Os pesquisadores encontraram 246 espécies de borboletas e mariposas
Foto: Trond Larsen / BBC News Brasil

A expedição ficou a cargo da organização Conservation International, com o apoio do governo de Honduras.

Mas como é este lugar e o que os cientistas descobriram?

A descoberta deste 'sapo de vidro' é uma indicação, segundo os pesquisadores, de que a floresta de Cidade Branca está intacta
A descoberta deste 'sapo de vidro' é uma indicação, segundo os pesquisadores, de que a floresta de Cidade Branca está intacta
Foto: Trond Larsen / BBC News Brasil

Uma área pouco explorada

Com 350 mil hectares, a floresta La Mosquita é a maior área protegida de Honduras e é uma das zonas menos exploradas das florestas da América Central.

O morcego de cara pálida se alimenta de frutas e insetos
O morcego de cara pálida se alimenta de frutas e insetos
Foto: Trond Larsen / BBC News Brasil

Os biólogos da Conservation Internacional consideram que o local tem uma biodiversidade "excepcional", com uma grande riqueza de aves, mamíferos, insetos, peixes, anfíbios e plantas.

Para os especialistas, essa diversidade é um sinal de que a floresta está "intacta e saudável".

O pesquisadores acreditam que este peixe da espécie Molly nunca havia sido registrado
O pesquisadores acreditam que este peixe da espécie Molly nunca havia sido registrado
Foto: Trond Larsen / BBC News Brasil

"Nossas descobertas enfatizam o papel fundamental da conservação dos ecossistemas intactos da Cidade Branca para garantir a conectividade da paisagem e a continuidade a longo prazo de espécies ameaçadas", diz um comunicado da Conservation International.

Os jaguares mantêm o equilíbrio do ecossistema, mantendo a população dos animais que eles caçam regulada
Os jaguares mantêm o equilíbrio do ecossistema, mantendo a população dos animais que eles caçam regulada
Foto: Trond Larsen / BBC News Brasil

Quais espécies eles acharam?

Entre as descobertas mais surpreendentes, os integrantes da expedição destacam:

A falsa cobra coral de árvore não era vista em Honduras desde 1965
A falsa cobra coral de árvore não era vista em Honduras desde 1965
Foto: Trond Larsen / BBC News Brasil
Esta salamandra é uma espécie altamente vulnerável
Esta salamandra é uma espécie altamente vulnerável
Foto: Trond Larsen / BBC News Brasil

"Em geral, nossas descobertas mostram que a área tem importância ambiental e arqueológica global", disse Trond Larsen, diretor do Programa de Avaliação Rápida da Conservation International.

"Com esse conhecimento em mãos, as partes interessadas podem agora começar a desenhar e implementar estratégias de conservação para proteger esse ecossistema."

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