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EUA testarão microchips no cérebro para tratar depressão

Pesquisadores poderão ter um olhar mais detalhado sobre o que pode estar funcionando de forma errada no cérebro humano e desenvolver tecnologia para corrigir possíveis desvios

28 mai 2014 - 12h24
(atualizado às 12h34)
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Uma agência americana anunciou que doenças mentais poderão ser curadas com a implantação de microchips no crânio, de acordo com o Daily Mail.

A pesquisa de 26 milhões de dólares (mais de R$ 58 milhões) elaborada pela Agência de Defesa de Projetos de Pesquisa Avançada (The Defense Advanced Research Projects Agency), quer encontrar tratamentos mais eficientes parar ajudar militares que sofrem de distúrbios mentais, como estresse pós-traumático.

O projeto, que será realizado pela Universidade da Califórnia, é o primeiro lançado com o suporte da Obamas's Brain Initiative, uma iniciativa de pesquisa colaborativa anunciada pelo presidente americano em 2013, cujo objetivo é mapear a atividade do cérebro humano e será chamada de "Systems-Based Neurotechnology for Emerging Therapies" (Subnets). 

Espera-se que a pesquisa encontre padrões de sinalização prejudiciais, que são evidentes em depressões, transtornos de ansiedade e dependência. Os pesquisadores esperam desenvolver equipamentos para estimular o cérebro e fortalecer circuitos alterrnativos, limitando os sintomas de tais doenças.

Edward F. Chang, chefe do projeto, explicou que "a gravação do cérebro humano pode revelar aspectos de doenças mentais até então inacessíveis aos cientistas e médicos".

"Ao analisar padrões de interação entre as regiões do cérebro envolvidas em doenças mentais, nós podemos ter um olhar mais detalhado sobre o que pode estar funcionando de forma errada, e desenvover tecnologia para corrigir isso", disse.

Um time do Hospital Geral de Massachusetts também trabalhará com o Draper Laboratories para desenvolver microchips que poderão ser implantados em cérebros humanos. Dessa forma, eletrodos poderiam ajudar a identificar a terapia sob medida para o paciente e gravar informações neurológicas. 

De acordo com os médicos, os tratamentos existentes para doenças como ansiedade e estresse pós-traumático - como terapias e medicamentos - podem ajudar a os pacientes, mas levam muito tempo para fazerem efeito.

"Este projeto oferece esperança para milhares de pessoas que não recebem tratamento ou que lutam constantemente com os sintomas de suas doenças porque este é um modo totalmente novo de ver como as partes do cérebro interagem com as doenças mentais", disse o professor assistente de psquiatria da Universidade da Califórnia Vikaas Soha.

No mês passado, a Agência de Defesa de Projetos de Pesquisa Avançada anunciou que está trabalhando em um projeto para ajudar soldados feridos em guerra a restaurar a memória, por meio de impantes cerebrais, além de beneficiar pacientes com Alzheimer ou demência.

Fonte: Terra
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