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PGR pediu prisão de Bolsonaro depois de violação de tornozeleira, ao contrário do que diz post

PROCURADORIA DEU AVAL PARA PEDIDO DE PRISÃO À 1H25, DEPOIS DE SER NOTIFICADA SOBRE IRREGULARIDADE COM EQUIPAMENTO À 0H08

24 nov 2025 - 17h15
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O que estão compartilhando: postagem afirma que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não foi preso devido a falhas na tornozeleira eletrônica, pois a Polícia Federal (PF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) teriam pedido a prisão antes de qualquer incidente envolvendo o monitoramento eletrônico.

A PGR deu aval para a prisão preventiva de Jair Bolsonaro após a informação de ruptura da tornozeleira eletrônica do ex-presidente.
A PGR deu aval para a prisão preventiva de Jair Bolsonaro após a informação de ruptura da tornozeleira eletrônica do ex-presidente.
Foto: Reprodução/Instagram / Estadão

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. A PGR deu aval para a prisão preventiva de Bolsonaro na madrugada do dia 22 de novembro, após a informação de ruptura da tornozeleira eletrônica do ex-presidente. O relator responsável pelo caso, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, decretou a prisão preventiva de Bolsonaro por volta das 2h do dia 22, levando em conta o pedido da Polícia Federal, a informação sobre a violação da tornozeleira e o parecer favorável da PGR.

A autora da postagem, a influenciadora Bárbara Destefani, foi procurada, mas não respondeu até a publicação desta checagem.

Saiba mais: No último sábado, dia 22, Moraes expediu uma ordem de prisão preventiva contra Bolsonaro. O pedido foi feito pela Polícia Federal após a publicação de um vídeo nas redes do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), no dia 21, em que ele convocava manifestantes para uma vigília em frente ao condomínio onde o pai cumpria prisão domiciliar. A PF avaliou que essa convocação criava risco concreto de fuga do ex-presidente diante da possível aglomeração no local.

Além da vigília convocada por Flávio Bolsonaro, outros fundamentos apontados por Moraes para a prisão preventiva de Bolsonaro foram a violação da tornozeleira eletrônica e a proximidade da residência do ex-presidente com embaixadas. Na decisão, Moraes destacou ainda o descumprimento reiterado das medidas cautelares impostas ao ex-presidente.

A postagem afirma que a PF e a PGR teriam pedido a prisão de Bolsonaro no dia 21 de novembro, antes de qualquer incidente envolvendo o monitoramento eletrônico. Mas isso não é verdade.

O Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (Cime), da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal, comunicou a violação da tornozeleira usada por Bolsonaro às 0h08 da madrugada do dia 22. O aval da PGR para a prisão do ex-presidente foi dado à 1h25 daquele dia, segundo linha do tempo construída pelo Estadão.

A postagem ainda afirma que não faria sentido que o ex-presidente tivesse violado a tornozeleira eletrônica às 0h08 do dia 22 para fugir após às 19h, "durante uma vigília de oração, com a casa totalmente cercada por policiais". Aqui, o post se refere à vigília que Flávio Bolsonaro tentou convocar para às 19h do sábado, 22.

Conforme explicado anteriormente, no dia 21, o senador usou as redes sociais para chamar bolsonaristas para perto do condomínio onde o pai dele cumpria prisão domiciliar. Confira abaixo o vídeo completo:

Em um trecho da decisão de Moraes pela prisão, o ministro ressaltou o argumento da Polícia Federal de que a vigília marcada por Flávio Bolsonaro em frente ao condomínio do pai reproduz a lógica dos acampamentos de 2022. Para a PF, a vigília convocada poderia ganhar grande dimensão convocada e se estender por muitos dias. A instituição observou que o tumulto nos arredores do condomínio de Bolsonaro poderia criar um ambiente propício para sua fuga.

Vale ressaltar que o próprio Bolsonaro admitiu ter violado a tornozeleira usando um ferro de solda. A perícia da PF sobre o objeto confirmou a versão do ex-presidente. A defesa de Bolsonaro alega que ele não tentou tirar a tornozeleira, e citou "confusão mental" relacionada ao uso de medicamentos.

A decisão menciona ainda que a casa de Bolsonaro fica a cerca de 13 quilômetros da Embaixada dos Estados Unidos. Moraes lembra que o ex-presidente já buscou abrigo diplomático na Embaixada da Hungria. A proximidade com sedes diplomáticas, segundo ele, facilita uma eventual fuga.

Estadão
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