Brasília tem a 1ª empresa biblicamente responsável
Empresas que adotam valores cristãos como base de sua gestão começam a ganhar espaço no ambiente corporativo. O conceito, conhecido como empresa biblicamente responsável, propõe práticas baseadas em justiça, integridade, transparência e compromisso social. A proposta vai além da ética convencional ao integrar esses princípios em todas as decisões da organização.
Embora não existam dados oficiais, estima-se que cerca de 400 empresas brasileiras sigam esse modelo. Uma das pioneiras é o Grupo Med+, empresa de atendimento em emergências aeroportuárias, com sede no Distrito Federal. O reconhecimento público veio após a participação do presidente da companhia, Victor Reis, no Innova Summit 2025, evento nacional de inovação e negócios realizado em Brasília.
Durante o encontro, realizado na última quarta-feira (25), Victor Reis defendeu a presença de valores cristãos no mundo corporativo. "Ser uma empresa biblicamente responsável é reconhecer que o lucro não pode ser o único norte. É preciso impactar vidas com propósito, tomar decisões com temor e, acima de tudo, honrar princípios que não mudam com as tendências do mercado. Estar no Innova Summit falando sobre isso foi um sinal de que o mundo dos negócios está pronto para um novo nível de consciência empresarial", disse. A declaração repercutiu no evento e gerou debate sobre espiritualidade no ambiente empresarial.
Fé e gestão podem caminhar juntas?
A presença de líderes com propostas baseadas em princípios religiosos em eventos de tecnologia e inovação, como o Innova Summit, sinaliza abertura para modelos de gestão que conciliam fé e desempenho. Para os defensores, essa abordagem pode promover ambientes mais humanos e sustentáveis, sem abrir mão da eficiência.
Grupo Med+ é uma das maiores empresas do setor na América Latina, com presença em 49 aeroportos e cerca de 6 mil funcionários. Em 2024, teve crescimento de 150% em relação ao ano anterior. Também atua no setor educacional, com projetos voltados à prevenção do bullying em escolas de São Paulo.
Com práticas alinhadas ao chamado capitalismo consciente, a empresa afirma que 56% de seus cargos de liderança são ocupados por mulheres. A filosofia, segundo seus dirigentes, é promover um ambiente de trabalho justo e equilibrado, sem perder o foco nos resultados.
