Vice-líder do governo não acredita que Previdência possa ser votada na próxima semana
O vice-líder do governo na Câmara Beto Mansur (PRB-SP) disse nesta quarta-feira não acreditar que a reforma da Previdência seja votada na Casa na próxima semana.
Para o deputado, conhecido pela contabilidade de votos do governo em temas polêmicos, a reforma exige uma abordagem mais "conservadora". Por isso mesmo, acredita que ela tem mais chances de ser votada na semana seguinte, entre 4 e 8 de dezembro.
"Não é fácil de você hoje computar (os votos) e saber se você consegue os 310 (votos)", disse.
Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), é necessário o voto de pelo menos 308 dos 513 deputados em dois turnos de votação.
Enquanto conversava com jornalistas, Mansur segurava envelopes com o levantamento dos votos a favor da reforma, recém-colhido de deputados responsáveis por conversar com os colegas das bancadas estaduais.
O vice-líder disse que os dados serão contabilizados e levados ao jantar de domingo com a base aliada, o presidente Michel Temer e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Mais cedo, Maia disse que a proposta de mudança nas regras previdenciárias poderia ter "condições" de ser votada "nas próximas semanas".
O líder do governo na Casa, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou que o prazo limite para votar a reforma da Previdência neste ano vence na penúltima semana de trabalhos no Congresso, já que os últimos dias de sessões do Legislativo serão dedicados à votação do Orçamento. Na prática, a declaração de Ribeiro significa dia 15 como data limite.