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Trânsito

Protesto em frente à Rede Globo complica trânsito em SP

O grupo carregava cartazes com mensagens contra a corrupção e pedindo melhorias no transporte público

14 jun 2013 - 20h40
(atualizado em 17/6/2013 às 10h10)
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Manifestantes protestam em frente à Rede Globo em São Paulo
Manifestantes protestam em frente à Rede Globo em São Paulo
Foto: Fernando Borges / Terra

Um grupo de manifestantes fez um protesto na tarde desta sexta-feira em frente ao prédio da Rede Globo em São Paulo. Por volta das 17h, cerca de 30 pessoas se reuniram na avenida Doutor Chucri Zaidan, onde a emissora está localizada na capital paulista. O grupo carregava cartazes com mensagens contra a corrupção e pedindo melhorias no transporte público.

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Polícia impede manifestantes de chegarem à porta da TV Globo:

"Esse movimento é apartidário. É voluntário. Ninguém aqui é de partido nenhum. E isso vai aumentar como aumentou em outros países, você pode ter certeza. São Paulo, talvez, como centro maior, vai chamar a atenção da presidente", disse um dos manifestantes.

O grupo tentou marchar em direção à portaria 2 da Rede Globo, localizada na avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, mas os policiais impediram. Os manifestantes, então se concentraram na rua Evandro Carlos de Andrade. Durante o protesto, a via ficou com ocupação total, próximo à avenida Doutor Chucri Zaidan, sentido bairro. Os manifestantes se dispersaram por volta das 19h40.

O protesto se confirmou após informações que circularam nas redes sociais de que uma manifestação aconteceria em frente à Rede Globo nesta tarde. O ato, no entanto, não havia sido confirmado pelo Movimento Passe Livre (MPL), que tem organizado os protestos contra o aumento da tarifa do transporte público na capital paulista.

Com a possibilidade de o protesto ocorrer, algumas empresas localizadas próximas ao prédio da Globo liberaram seus funcionários mais cedo. Foi o caso da multinacional HP, na qual um comunicado, assinado pelo próprio presidente da HP no Brasil, Oscar Clarke, pedia para que os funcionários deixassem o prédio “impreterivelmente” até as 15h, quando o escritório seria fechado.

Trânsito ficou intenso na região da TV Globo

Com a iminência do protesto, o trânsito na região da avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini ficou complicado desde as 16h. O fluxo intenso também afetou a Marginal Pinheiros e a Marginal Tietê. Por volta das 19h30, a lentidão em toda a capital paulista chegou a 240 quilômetros.

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Um outro protesto realizado na avenida Paulista na tarde de hoje reuniu vários manifestantes. Eles protestavam contra a Copa do Mundo e a Copa das Confederações. A manifestação se concentrou no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e de lá seguiu em direção à Rua da Consolação. Três faixas da Avenida Paulista foram interrompidas pela presença dos protestantes. O ato foi organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Os participantes do protesto levaram faixas com dizeres como "Copa pra quem?", "Pelo direito à cidade", "Copa é prioridade, Brasil?" e "Bilhões para Copa e migalhas para o trabalhador". Por volta das 19h, o movimento tinha se disperçado pacificamente.

Cenas de guerra nos protestos em SP
A cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se transformaram em verdadeiros cenários de guerra. Enquanto policiais usavam bombas e tiros de bala de borracha, manifestantes respondiam com pedras e rojões.

Durante os atos, portas de agências bancárias e estabelecimentos comerciais foram quebrados, ônibus, muros e monumentos pichados e lixeiras incendiadas. Os manifestantes alegam que reagem à repressão opressiva da polícia, que age de maneira truculenta para tentar conter ou dispersar os protestos.

Segundo a administração pública, em quatro dias de manifestações mais de 250 pessoas foram presas, mais de 250 pessoas foram presas, muitas sob acusação de depredação de patrimônio público e formação de quadrilha. No dia 13 de junho, vários jornalistas que cobriam o protesto foram detidos, ameaçados ou agredidos.

As passagens de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no dia 2 de junho. A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011.

Fonte: Terra
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