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Temer diz que eventual candidatura ao Planalto será analisada em junho

2 fev 2018 - 21h02
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O presidente Michel Temer disse em entrevista à Rede TV nesta sexta-feira que uma eventual candidatura à reeleição só será analisada em junho, ao mesmo tempo que defendeu que o grupo político que lhe dá sustentação tenha candidato único ao Palácio do Planalto nas eleições de outubro.

Temer durante cerimônia em Brasília
 31/1/2018   REUTERS/Ueslei Marcelino
Temer durante cerimônia em Brasília 31/1/2018 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

Indagado sobre se colocaria seu nome na disputa, Temer evitou responder diretamente, afirmando que pretende ser reconhecido como um presidente reformista.

"Essa é uma matéria que nós vamos começar a examinar mais ou menos no mês de junho. Porque a partir de junho é que você tem inscrições, etc", disse Temer quando questionado sobre uma candidatura à reeleição.

"O meu papel agora é fazer o melhor governo possível para que, no futuro --não me interessa a popularidade agora--, mas no futuro muito próximo... ser lembrado como um presidente reformista", acrescentou o presidente, que tem 70 por de reprovação de acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta semana.

Ele apontou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), como um bom candidato, mas pediu que só lhe perguntassem qual será o seu nome para o Planalto em junho.

Temer também avaliou que os nomes do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ainda registram desempenho fraco nas pesquisas de intenção de voto porque eles ainda não definiram suas candidaturas e porque este tipo de sondagem, na altura atual, "não valem absolutamente nada para a eleição".

"Terá que haver um candidato que defenda as reformas", afirmou Temer. "O ideal seria você ter um candidato que diga 'vou destruir tudo o que o Temer fez' e outro que diga 'eu vou manter e vou continuar o que o Temer fez'. Seria útil para o país."

PREVIDÊNCIA

O presidente também foi questionado sobre a reforma da Previdência, que tem votação marcada na Câmara dos Deputados para a semana do dia 19 de fevereiro, e disse que no momento a Proposta de Emenda à Constituição da reforma tem 271 votos favoráveis entre os deputados.

Temer negou que tenha jogado a toalha sobre a reforma e afirmou que sequer pegou a toalha. Ele disse que o governo trabalha em corpo a corpo com os parlamentares e reiterou o desejo de votar a PEC na Câmara em fevereiro, destacando que o país não pode ficar no tema da reforma da Previdência o ano inteiro.

Para aprovar a reforma da Previdência na Câmara são necessários os votos favoráveis de 308 dos 513 deputados em dois turnos de votação na Casa. Após isso, a medida precisa ainda passar pelo Senado.

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