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Solução para Venezuela passa por EUA e ONU, diz Mourão

30 ago 2019 - 14h36
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O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta sexta-feira que uma solução para a crise na Venezuela passa obrigatoriamente pela atuação dos Estados Unidos e da Organização das Nações Unidas (ONU).

Vice-presidente Hamilton Mourão durante cerimônia do lado de fora do Palácio do Planalto
03/07/2019 REUTERS/Adriano Machado
Vice-presidente Hamilton Mourão durante cerimônia do lado de fora do Palácio do Planalto 03/07/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Mourão disse ainda, durante evento no Rio de Janeiro, que vê indícios de uma vitória da oposição na Argentina, após a expressiva vitória da coalizão liderada pelo oposicionista Alberto Fernández nas primárias do país vizinho, mas disse que mesmo que o presidente argentino, Mauricio Macri, aliado do presidente Jair Bolsonaro, perca a reeleição, o Brasil não tem que cortar relações com a Argentina.

Em palestra de quase uma hora na Associação Comercial do Rio de Janeiro para empresários fluminenses, o vice-presidente indicou que os EUA e a ONU precisam ser fiadores de uma solução para a crise na Venezuela. Segundo ele, há muitos atores externos por trás da instabilidade venezuelana, como russos e cubanos.

Mourão disse que, para que a Venezuela consiga mudar seu caminho de forma democrática e através de eleições, os cubanos têm que sair do país.

"Cuba recebe 120 mil barris de petróleo ao dia da Venezuela e paga com 20 mil elementos que estão em território venezuelano. Não consome tudo e vende no mercado spot. Alguém tem que chegar para os cubanos e dizer: vocês vão continuar os 120 mil barris, mas tirem a sua turma de lá", disse ele na palestra.

"O grande líder para estabelecer esse diálogo tem que ser os Estados Unidos ou a ONU", acrescentou.

Mourão também minimizou as preocupações do governo com a possível vitória da oposição na Argentina. Bolsonaro tem manifestado apoio a Macri. O vice usou um provérbio para definir como deve ser a relação com a Argentina: "Não há amizades eternas, nem inimigos perpétuos".

"Óbvio que gostaríamos que o presidente Macri vencesse essa eleição, mas os indícios são muito fortes de que a vitória irá para o lado do Fernández e da Cristina", avaliou ele, se referindo a ex-presidente Cristina Kirchner, candidata a vice na chapa de Fernández.

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