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Servidores do Itamaraty entram com indicativo de greve

Funcionários reivindicam o pagamento do auxílio-moradia, que estaria atrasado em três meses

13 abr 2015 - 20h59
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Os servidores do Ministério das Relações Exteriores decidiram em assembleia entrar em greve caso a pauta de reivindicações da categoria não seja atendida até 6 de maio. Uma das reivindicações que a categoria considera mais importante é o pagamento do auxílio-moradia no exterior, que, segundo o Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty), que representa os 1,2 mil de servidores do órgão, está com atraso médio de três meses, mas há casos em que chegam até a um ano. O sindicato informou que comunicará oficialmente o ministério sobre a decisão de seus filiados.

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O Itamaraty passa por dificuldades orçamentárias
Foto: Wikimedia

A assembleia foi feita no dia 9 de abril e o resultado, anunciado nesta segunda-feira (13). A votação foi feita pela internet e teve a participação de 353 servidores, entre diplomatas, oficiais e assistentes de chancelaria, dos quais 288 (81,5%) votaram pela greve a partir do dia 6 de maio. Foi a primeira votação feita pela internet. Antes, de acordo com o sindicado, a votação presencial obrigava os servidores no exterior a assinar procurações para colegas no Brasil os representarem, desestimulando e reduzindo a participação.

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“A situação da residência funcional – como é chamado o auxílio-moradia no exterior – é a mais crítica. Os atrasos no pagamento vêm se arrastando desde o ano passado. Atualmente, o atraso médio é de três meses, mas há casos em que a inadimplência chega a um ano – em alguns países, exige-se o pagamento adiantado de até 12 meses de aluguel”, comunicou o Sinditamaraty por meio de nota

Os servidores também pedem a universalização do plano de assistência médica internacional do Itamaraty, o reenquadramento salarial de oficiais e assistentes de chancelaria e a criação de grupo de trabalho formado por servidores indicados pelo sindicato e pelo ministério para discussão e proposição de soluções para os problemas que afetam diretamente os funcionários.

A presidente do Sinditamaraty, Sandra Nepomuceno, informou que o Itamaraty não respondeu a nenhum dos sete ofícios enviados ao órgão nos últimos meses tratando dos problemas apresentados e que a decisão pelo indicativo de greve, e também por ações coletivas na Justiça pelo pagamento do auxílio-moradia, mostra a impaciência dos funcionários com uma questão recorrente.

Em seus discursos de posse, o ministro Mauro Vieira e o secretário-geral do ministério, Sérgio Danese, reconheceram as dificuldades orçamentárias enfrentadas em vários postos do órgão no exterior e ressaltaram sua disposição para batalhar pela infraestrutura necessária para que os servidores pudessem prestar um serviço de excelência dentro e fora do País. Desde então, tiveram vários contatos com os ministérios da Fazenda e do Planejamento buscando resolver os problemas.

Em resposta à reportagem da Agência Brasil, o ministério informou que “o Itamaraty está em tratativas com o Ministério da Fazenda e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão para solucionar a regularização do fluxo de pagamentos em todas as rubricas de seu orçamento”.

Agência Brasil Agência Brasil
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