Rondônia registrou a primeira morte por leptospirose transmitida pela água contaminada do rio Madeira. A informação é da diretora-geral da Agência Estadual de Vigilância em Saúde, Arlete Baldez. Há cerca de dois meses, a população sofre com as inundações do rio Madeira, na maior cheia da história do Estado.
As pessoas infectadas por leptospirose são tratadas no Centro de Medicina Tropical de Rondônia. Segundo o governo do Estado, entre março e abril, duas mortes ocorreram devido ao agravamento de outras doenças, além da leptospirose e não foram causadas diretamente pela cheia do rio Madeira.
A primeira morte ocorreu com um paciente do município de Ji-Paraná com suspeita de tétano. Foi constatado que ele havia sofrido acidente vascular cerebral e era portador de leptospirose. O que determinou a morte foi o quadro de derrame cerebral.
Um paciente do município amazonense de Canutama foi o segundo a falecer. Ele apresentava quadro grave de malária e também foi diagnosticado como portador de leptospirose, que foi a causa da morte.
O terceiro foi o de um paciente de Porto Velho, que morreu em consequência da leptospirose, causa por contato com a água contaminada da enchente.
A leptospirose é uma doença infecciosa causada por uma bactéria presente na urina de ratos e outros animais. Bois, porcos e cães podem adoecer e transmitir a doença ao homem. A bactéria penetra no corpo através da pele e qualquer pessoa que tiver contato com a água ou lama contaminadas poderá se infectar.
20 de fevereiro - Na capital de Rondônia, Porto Velho, 1 mil famílias tiveram de deixar suas casas por causa da cheia histórica do rio Madeira e seis localidades, entre distritos e bairros, foram afetados
Foto: Gabriel Ivan / Futura Press
20 de fevereiro - O nível do rio Madeira em Rondônia atingiu 17,79 metros e a maioria das famílias retiradas das áreas de risco foi levada para 11 abrigos da prefeitura ou estão em casas de parentes
Foto: Gabriel Ivan / Futura Press
20 de fevereiro - De acordo com o meteorologista do Sistema de Proteção da Amazônia, Marcelo Gama, a cheia dos rios também é impactada pelas chuvas nos países vizinhos à Amazônia
Foto: Gabriel Ivan / Futura Press
20 de fevereiro - Em Sena Madureira, no Acre, rio Iaco está próximo dos 17 metros
Foto: Divulgação
20 de fevereiro - Em Sena Madureira, no Acre, rio Iaco está próximo dos 17 metros
Foto: Divulgação
21 de fevereiro - O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes decidiu pela interdição total da BR-364, no trecho que liga Rondônia ao Acre, até que o nível das águas do Rio Madeira apresente sinal de vazante. Em cheia histórica, o Madeira atingiu nesta sexta-feira mais de 18 metros de profundidade
Foto: Josenir Melo / Divulgação
21 de fevereiro - O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes decidiu pela interdição total da BR-364, no trecho que liga Rondônia ao Acre, até que o nível das águas do Rio Madeira apresente sinal de vazante. Em cheia histórica, o Madeira atingiu nesta sexta-feira mais de 18 metros de profundidade
Foto: Josenir Melo / Divulgação
21 de fevereiro - O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes decidiu pela interdição total da BR-364, no trecho que liga Rondônia ao Acre, até que o nível das águas do Rio Madeira apresente sinal de vazante. Em cheia histórica, o Madeira atingiu nesta sexta-feira mais de 18 metros de profundidade