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RJ: operação da PM no Chapadão deixa 6 mil crianças sem aula

21 out 2014 - 16h40
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Aproximadamente seis mil crianças de escolas da rede municipal de ensino nas regiões de Costa Barros e Pavuna, na zona norte do Rio de Janeiro, ficaram sem aulas nesta terça-feira devido a uma grande operação da Polícia Militar contra o tráfico de drogas no Complexo do Chapadão. A ação foi desencadeada depois que traficantes da região exibiram fotos nas redes sociais tomando banho com fuzis em piscina de uma vila olímpica local. 

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, oito escolas, duas creches e um Espaço de Educação Infantial (EDI) ficaram fechados, mas as aulas serão repostas quando a situação voltar à normalidade. A ação conta com homens do Comando de Operações Especiais (COE), do 2° Comando de Policiamento de Área, com apoio do 41° Batalhão (Irajá).

Segundo a PM, até o momento quatro homens foram detidos em um veículo Voyage roubado, na rua Jornalista Mário Lisboa. Com eles, foram apreendidas três pistolas, um rádio transmissor, drogas ainda não contabilizadas e carregadores.

Por volta das 11h, foi apreendida nova quantidade de cocaína, material para endolação, um fuzil automático, carregador, granada, além de 20 quilos de maconha. Três suspeitos de tráfico, entre eles uma mulher, acabaram presos. Uma moto e sete carros foram recuperados.

Um homem também foi detido com um veículo Paraty roubado. Contra ele havia quatro mandados de prisão em aberto. Em outro ponto, mais três suspeitos de tráfico foram detidos.

"Banho de piscina"

A operação da Polícia Militar foi desencadeada depois que traficantes do Complexo do Chapadão exibiram, no último domingo,  fotos nas redes sociais tomando banho com fuzis na piscina da Vila Olímpica Félix Mieli Venerando, em Honário Gurgel, administrada pela prefeitura do Rio. 

O tráfico na região é comandado por Celso Pinheiro Pimenta, o Playboy, apontado como chefe do Complexo do Chapadão. Semana passada, o Portal dos Procurados, do Disque-Denúncia,  aumentou de R$ 2 mil para R$ 20 mil a recompensa por informações que levem à sua prisão.

Segundo policiais civis, a quadrilha de Playboy é responsável pela maioria dos roubos de cargas na região do entorno da Pedreira, principalmente as de cigarros. Outros produtos visados pelo bando são eletroeletrônicos, alimentos e remédios. Metade do dinheiro que a quadrilha consegue com os roubos é usado por Playboy para comprar armas e drogas, financiar outras quadrilhas e alugar armas para invasões em redutos de quadrilhas rivais.

Agência Brasil Agência Brasil
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