Silas Malafaia suplica a Moraes: "Devolva meu passaporte e meus cadernos com anotações bíblicas"
O pastor Silas Malafaia usou suas redes sociais para fazer um apelo ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
O pastor Silas Malafaia usou suas redes sociais para fazer um apelo ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Em vídeo publicado, Malafaia solicita a devolução de seu passaporte, apreendido durante a operação da Polícia Federal realizada na última quarta-feira, 20 de agosto. (Veja vídeo abaixo)
Além do documento, o pastor também pediu a devolução de seus cadernos com anotações bíblicas. Ele fez um apelo especial: caso o conteúdo tenha sido digitalizado pela PF, que ao menos receba uma cópia dos arquivos.
Veja vídeo:
No vídeo, Malafaia ainda afirmou não haver qualquer motivo para que ele fuja do país. Segundo ele, no momento da operação, estava retornando de Portugal. O pastor acrescentou que, se tivesse receio das ações do ministro Alexandre de Moraes, teria seguido para "as Américas", referindo-se aos Estados Unidos , país que tem se mostrado aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Silas Malafaia na mira da PF
A Polícia Federal (PF) cumpriu, na noite da quarta-feira, 20 de agosto, um mandado de busca pessoal e de apreensão de celulares contra o pastor Silas Malafaia no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro.
A operação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da PET nº 14129, que investiga tentativa de obstrução de Justiça ligada à trama golpista de 2022.
Além da apreensão dos aparelhos, Malafaia foi alvo de medidas cautelares diversas da prisão, entre elas a proibição de deixar o país e a proibição de manter contato com outros investigados.
O pastor foi abordado por agentes federais ao desembarcar de um voo vindo de Lisboa. Ele foi conduzido para as dependências do aeroporto, onde prestou depoimento à PF.
As medidas foram solicitadas pela Polícia Federal e receberam parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR), em manifestação assinada no último dia 15.
No documento, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que a PF reuniu diálogos e publicações nas quais Malafaia "aparece como orientador e auxiliar das ações de coação e obstrução promovidas pelos investigados Eduardo Nantes Bolsonaro e Jair Messias Bolsonaro".
