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Política

Sem convite para posse, aliados de Alvim esperam demissão

A expectativa dentro da secretaria é que cerca de 15 postos sejam trocados por Regina

3 mar 2020 - 21h16
(atualizado às 21h59)
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Chefes da Secretaria Especial de Cultura ligados a Roberto Alvim não foram convidados para a posse da atriz Regina Duarte, que assume a pasta na quarta-feira, 4. Segundo integrantes da secretaria, eles esperam demissão de seus cargos -- alguns já teria sido avisados que estão fora da equipe.

A expectativa dentro da secretaria é que cerca de 15 postos sejam trocados por Regina. Eles ocupam cargos de secretários da pasta, chefes de gabinete, além de outras funções comissionadas.

Regina Duarte.
Regina Duarte.
Foto: Alex Silva / Estadão Conteúdo

Regina tomará posse como secretária Especial de Cultura em cerimônia no Palácio do Planalto. Ela assume o posto de Roberto Alvim, demitido em 17 de janeiro após parafrasear o nazista Joseph Goebbels em discurso.

Integrantes da governo afirmam que nomes tidos como da "ala ideológica", seguidores do escritor Olavo de Carvalho e aliados de Alvim devem ser demitidos. A exceção seria o jornalista Sérgio Camargo, que caiu nas graças do presidente Jair Bolsonaro após forte repercussão de declarações como "o Brasil tem um racismo nutella".

Camargo chegou a ser impedido pela Justiça de assumir o cargo, mas a decisão foi revertida após recurso do governo. O jornalista aguarda a sua nomeação, mas esteve nesta terça-feira, 3, em cerimônia no Palácio do Planalto. Após o evento, ele e o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, subiram juntos a rampa que liga ao 3º andar do prédio, onde despacha Bolsonaro.

Cultura rachada

No período de "namoro" de Regina com o governo Bolsonaro, cresceu a sensação de "divisão" dentro da secretaria, segundo integrantes da pasta.

A equipe de Alvim passou a apontar como "esquerdistas" nomes ligados à atriz. Tentaram tentaram ainda emplacar o discurso que eram eles os "técnicos" da pasta, enquanto os aliados de Regina eram "ideológicos".

Segundo fontes que acompanham a transição na Cultura, a atriz irá nomear como "número 2" da pasta o ator e produtor teatral Humberto Braga. O nome de Braga é o principal alvo de ala que considera a gestão da atriz pouco alinhada com valores conservadores.

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