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Política

'Ruim sob todos os aspectos', diz Rui Costa sobre orçamento secreto

Cotado para a Casa Civil de Lula, governador da Bahia defende que liberação de recursos a parlamentares seja condicionada a temas pré-definidos

6 dez 2022 - 15h15
(atualizado às 15h26)
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O governador da Bahia, Rui Costa (PT), um dos nomes mais cotados para assumir a Casa Civil no governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), classificou o esquema do orçamento secreto como "ruim sob todos os aspectos". Ao criticar o sistema de distribuição de emendas sem transparência, que deve ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira, 7, ele defendeu uma mudança de modelo para que os recursos sejam liberados de acordo com áreas pré-definidas e mais carentes de investimentos.

Governador da Bahia Rui Costa (PT).
Governador da Bahia Rui Costa (PT).
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil / Estadão

"O orçamento secreto é negativo para o País sob todos os aspectos. Não só os aspectos morais de transparência, mas da escolha de como se gasta esse recurso", disse Costa, em evento promovido pelo grupo Globo nesta terça-feira, 6, em Brasília. E citou países europeus para sugerir que os parlamentares tenham menor protagonismo na definição de onde o dinheiro público é aplicado.

"Queremos ou não ser semelhantes num futuro breve, em qualidade de vida, à Alemanha, Inglaterra, França, Suíça ou Suécia? Como funcionam esses parlamentos? Eles fazem execução de orçamento, de obra?", questionou o governador.

"Óbvio que eles influenciam no que o dinheiro vai ser aplicado, mas é uma influência temática. Até regional, mas a partir da definição de um tema. Ah, vamos investir em escola profissionalizante, em creche. Tudo bem, então quero incluir minha região para que tenha também essas creches. É legítimo, até porque a representação parte do local, do regional para o plano nacional. O que não é legitimo, na minha opinião, é o parlamentar deter tantos milhões e escolher a obra que ele quer - tendo tendência ou não ao desenvolvimento do País, geração de emprego, diminuição da pobreza. A única aderência que tem é seu resultado eleitoral", disse Rui Costa, em debate com outros representantes da equipe de transição de Lula.

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