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Política

Renovação nos Estados: 18 dos 27 governadores não poderão se reeleger em 2026

E para onde seguirão na próxima eleição? Presidência? Senado? Ao Terra, especialistas fazem projeções políticas sobre possíveis cenários

6 out 2025 - 04h59
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Não poderão se reeleger em 2026 os governadores dos estados: Acre, Alagoas, Amazonas , Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e Tocantins
Não poderão se reeleger em 2026 os governadores dos estados: Acre, Alagoas, Amazonas , Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e Tocantins
Foto: credito: Reprodução/Instagram/@gladsoncameli/@paulodantasalagoas/@wilsonlimaam/@ibaneisoficial/@casagrande_es/@ronaldocaiado/@carlosbrandaoma/@mauromendesoficial/@romeuzemaoficial/@helderbarbalho/@joaoazevedolins/@ratinho_junior/@claudiocastrorj/@fatimabezerra13/@eduardoleite/@celmarcosrocha/@antoniodenariumrr/@wanderlei__barbosa Governadores do

A um ano das próximas eleições gerais, é difícil prever como estará posicionada cada figura política. Mas algo que se sabe, com clareza, é que haverá uma forte renovação dos governadores dos Estados – isso porque, dos 27 políticos que ocupam esse posto, 18 já foram reeleitos e, por isso, não podem concorrer novamente ao cargo. E agora, para onde eles irão mirar? Ao Terra, especialistas fazem projeções e explicam os trâmites por trás do processo eleitoral.

Atualmente, dos 18 que não podem se reeleger, 4 já declararam nos últimos meses a intenção de concorrer à Presidência no próximo ano: Ronaldo Caiado (União), de Goiás; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; Ratinho Junior (PSD), do Paraná; e Eduardo Leite (PSD), do Rio Grande do Sul.

Mas as coisas não são tão simples, não basta falar. Até as eleições de outubro, há alguns processos que devem ser cumpridos, em prazos pré-definidos, para que essas pré-candidaturas vigorem.

Tudo ficará mais claro em abril, quando o governador, se quiser concorrer a qualquer outro cargo, precisará se desincompatibilizar da chefia do Estado que representa. Ou seja, ele terá que “largar” o mandato no meio, para se afastar e poder se dedicar a uma nova campanha eleitoral. Nesse caso, seu vice assume seu lugar.

Além disso, no mesmo mês, o político precisa estar filiado ao partido político que planeja concorrer na próxima eleição, para que sua candidatura não seja desvalidada. Então esse é o momento em que devem ocorrer possíveis migrações de sigla, que são comuns considerando formações de alianças políticas.

Mas o candidato apenas é realmente lançado após ser reconhecido pelo seu então partido, na convenção partidária, e ter seu registro de candidatura formalizado – e aceito pela Justiça Eleitoral.

Quais as possibilidades?

Ainda há muitas articulações políticas para rolar nos próximos seis meses. Para o cientista político e professor do Insper Leandro Consentino, a ampla renovação dos quadros provocada pelo limite à reeleição é uma coincidência que abre uma janela de possibilidades interessantes. “Governadores de Estado são players muito poderosos dentro do nosso sistema político”, diz.

De modo geral, ele aponta o Senado Federal como um destino típico e emblemático buscado por governadores ao fim de seus mandatos. “O Senado é nossa Câmara Alta, que tem por característica abrigar esses quadros que já tiveram alguma experiência administrativa importante, até pelo fato de a eleição ser majoritária, é importante ter nomes reconhecidos ali pelo eleitor”. 

Além disso, como pontua, o Senado tem sido cada vez mais disputado pela extrema direita como caminho para pressionar o Judiciário, o próprio Legislativo e o Executivo. Nisso, em busca de conter esse avanço, o governo Lula também deve convocar aliados a formar uma bancada importante na frente.

Já quando o governador não sai tão bem de seu mandato, mas ainda tem uma influência importante em seu partido, a Câmara dos Deputados costuma ser a opção buscada. Nesse caso, conforme avalia o especialista, ainda há como o político se manter presente no jogo político sem tanto risco de rejeição – visto que, para o Senado, por exemplo, serão eleitos apenas dois por Estado. 

E, em meio a tudo isso, há as possibilidades de cargos de vice-presidência e presidência da República. No entanto, Cosentino ressalta que será um caso especial se algum dos atuais governadores assumir a presidência, já que, desde a redemocratização, apenas um governador foi eleito presidente: Fernando Collor de Mello, em 1989.

“É curioso como você tem um retrospecto importante de candidatos [governadores] que tentaram a Presidência, mas que não foram bem sucedidos. Então, apesar de ser um lugar importante para se ocupar, talvez não seja um prenúncio bom para a vitória”, acredita Consentino.

E para quem almeja "cargos mais altos", resta ainda a vice-presidência. O especialista aponta que como há muitos possíveis candidatos à presidência que são de direita, todas as candidaturas não devem ser efetivamente lançadas. Nisso, alguns devem acabar sendo agregados em outras chapas na posição de vice.

E por quem os governos serão ocupados?

Para Fabio Andrade, cientista político e professor da ESPM, embora muitos Estados vivam um momento sem a continuidade do mesmo candidato, isso não significa necessariamente uma renovação política. Segundo ele, a probabilidade é alta de que estes espaços sejam ocupados pelos vices-governadores, membros do mesmo governo, ou do mesmo “clã político”.

“Quem disputar o cargo provavelmente vai contar com o apoio do governador que foi reeleito e que agora [sem poder se reeleger novamente], vai buscar novos cenários”, aponta.

Zema, Caiado, Leite, Ratinho – e Tarcísio

As postulações à Presidência não são certas, e a estratégia que a direita seguirá irá depender da escolha de Tarcísio de Freitas (Republicano), o atual governador de São Paulo. É o que acredita Leandro Consentino. Isso porque, diferente dos outros nomes citados, Tarcísio pode se reeleger. Mas, ao mesmo tempo, por mais que ele negue, não se pode descartar a possibilidade de que ele seja o representante da direita na próxima eleição — especialmente considerando que Jair Bolsonaro está inelegível.

“Se Tarcísio decidir querer ser presidente, eu duvido muito que essas candidaturas outras sobrevivam. Acho que elas vão tentar compor com ele na condição de vice, seja o bolsonarista, seja o moderado, seja o liberal... vão tentar grudar em Tarcísio de Freitas. Isso pelo tamanho do estado de São Paulo, pelo fato dele ser uma figura representativa da oposição hoje”, continua.

Assim, para ele, há duas possibilidades. Com Tarcísio concorrendo à Presidência, abre uma corrida à vice-governadoria e ao Senado Federal pelos governadores que não podem se reeleger. Já sem Tarcísio, vira um “campo conflagrado" e será o momento de a direita sondar pesquisas eleitorais para entender qual perfil de candidato devem lançar.

Já Fabio Andrade, considerando o desinteresse sinalizado por Tarcísio à presidência e a probabilidade de ele liquidar a eleição de governador em São Paulo no primeiro turno, não vê grandes chances dele ser o postulante a substituir a figura de Bolsonaro na próxima eleição. “A não ser que ele seja ‘ungido’ pela família Bolsonaro”, adverte.

Com relação aos outros governadores, Andrade avalia que a candidatura à Presidência de Romeu Zema (Novo) é quase certa, e que isso deve ser mantido como estratégia de deixar seu partido ativo. “É uma outra lógica, que eu acho que nem necessariamente é disputar com a chance de ser eleito presidente. Mas tem a ver com um movimento para consolidar e fazer com que o Novo se mantenha um partido vivo, cumprindo as cláusulas eleitorais”.

Ele também vê chances de Ronaldo Caiado (União) se lançar candidato, mas que para isso provavelmente trocaria de partido e que ainda não há um desenho muito claro sobre o que pode ocorrer. Sobre Eduardo Leite, Andrade o reconhece como um candidato jovem e competitivo, mas que ainda não deve ter forças nesta eleição – mas em "um futuro próximo, quando tiver mais projeção nacional”. Além disso, Leite tem uma posição mais ao centro, que é um campo político que segue “espremido”, e o futuro pode ser mais promissor para manter sua carreira viva caso se candidate ao Senado.

No caso de Ratinho Junior (PSD), a situação também segue "a ver". O especialista reconhece que ele conseguiu se consolidar politicamente, tem o apoio de um pai comunicador nacional e de um poderoso grupo de comunicação — fatores que podem ser decisivos caso ele decida concorrer à Presidência. No entanto, tudo dependerá do que acontecer com Tarcísio de Freitas. Se Tarcísio ficar fora da disputa presidencial, Ratinho poderá ser o candidato em quem Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, apostará suas fichas.

Tarcísio de Freitas despista candidatura à presidência: 'Sabe quanto tempo perco pensando nisso?’:
Fonte: Portal Terra
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