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Política

Quem é Paulo Gonet, PGR que escreveu a denúncia para condenar Bolsonaro

Procurador-geral da República é conhecido pelo perfil conservador e por ser o autor da denúncia contra o ex-presidente

2 set 2025 - 04h59
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Resumo
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, conhecido por seu perfil conservador e técnico, apresentou a denúncia contra Jair Bolsonaro e 33 acusados por tentativa de golpe e crimes relacionados, com julgamento marcado para o STF, enquanto busca recondução no cargo.
Procurador-geral da República, Paulo Gonet
Procurador-geral da República, Paulo Gonet
Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar, nesta terça-feira, 2, a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras sete pessoas, acusadas de participação em uma trama golpista para tentar reverter o resultado da eleição presidencial de 2022. A peça foi apresentada ao tribunal pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, atual chefe do Ministério Público Federal (MPF).

Nascido no Rio de Janeiro em 1961, Paulo Gustavo Gonet Branco é jurista, professor e procurador. Formou-se em Direito pela Universidade de Brasília (UnB) em 1982 e concluiu mestrado em Direitos Humanos pela Universidade de Essex, no Reino Unido, em 1990. Em 2008, obteve doutorado em Direito, Estado e Constituição pela UnB.

Ingressou no MPF em 1987, aprovado em primeiro lugar no concurso, e chegou ao posto de subprocurador-geral da República em 2012. Antes disso, foi assessor do ministro do STF Francisco Rezek e exerceu funções de destaque no próprio Ministério Público, como a de diretor-geral da Escola Superior do MPU (2019 a 2021) e vice-procurador-geral Eleitoral (2021 a 2023).

Na área acadêmica, ele é coautor, ao lado do ministro do STF Gilmar Mendes, da obra Curso de Direito Constitucional, vencedora do Prêmio Jabuti em 2008. Também foi um dos fundadores do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), em Brasília.

Perfil conservador e atuação na política

Gonet é considerado conservador, técnico e discreto. Sua trajetória inclui posições firmes em pautas como aborto e homofobia, que agradam a setores de centro e direita, mas geram críticas em alas mais progressistas.

Em 2019, chegou a ser cogitado por aliados de Jair Bolsonaro para assumir a Procuradoria-Geral da República, mas o então presidente optou por Augusto Aras. Durante a gestão de Aras, Gonet ganhou espaço e foi indicado para representar o MPF no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Na função, teve papel central nos processos que levaram à inelegibilidade de Bolsonaro por oito anos. Ele opinou pela condenação do ex-presidente por abuso do poder político tanto na reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada em 2022, quando Bolsonaro levantou sem provas suspeitas sobre as urnas eletrônicas, quanto no uso das comemorações do Bicentenário da Independência, no mesmo ano, como palanque eleitoral.

Gonet diz que Bolsonaro e Braga Netto eram os líderes do plano golpista: 'Documentou seu projeto':

Denúncia contra Bolsonaro

Indicado por Luiz Inácio Lula da Silva e aprovado pelo Senado, Gonet assumiu a chefia da PGR em dezembro de 2023. Em fevereiro de 2025, apresentou ao STF a denúncia contra Bolsonaro e aliados, entre eles ex-ministros e ex-comandantes militares, por crimes como organização criminosa, golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

A peça se baseou em relatório da Polícia Federal, produzido no âmbito da Operação Contragolpe, e atribui ao grupo a tentativa de manter Bolsonaro no poder por meio de um golpe de Estado. As penas máximas previstas somadas chegam a 39 anos de prisão.

Recondução ao cargo

Em meio a um dos julgamentos mais relevantes da história recente, o presidente Lula já indicou Paulo Gonet para um novo mandato à frente da PGR. A recondução foi publicada no Diário Oficial da União em agosto de 2025 e ainda precisa ser aprovada pelo Senado.

Fonte: Redação Terra
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