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Política

Presidente do PL corta salário de Braga Netto e de ex-assessor de Bolsonaro preso, diz jornalista

Valdemar Costa Neto suspendeu os pagamentos após ser proibido de se comunicar com eles, uma vez que ambos estão sendo investigados pela PF

23 fev 2024 - 10h30
(atualizado às 10h47)
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O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro
Foto: JOSÉ LUIZ TAVARES/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, cortou os salários do ex-ministro Walter Braga Netto

e de Marcelo Câmara, ex-assessor pessoal do ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi preso pela Polícia Federal na operação que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado. Os dois trabalhavam para o partido. 

De acordo com informações da jornalista Andreia Sadi, da GloboNews, Braga Netto recebia cerca de R$ 40 mil, enquanto Câmara aproximadamente R$ 20 mil. Valdemar suspendeu os pagamentos após ser proibido de se comunicar com eles, uma vez que estão sob investigação da PF.

Braga Netto desempenha no PL uma função responsável pela logística e organização de palanques eleitorais. Ele sempre recebeu elogios de Costa Neto, porém, no círculo próximo ao presidente do PL, o grau de envolvimento do militar com o roteiro do golpe surpreendeu até mesmo o presidente do partido.

Valdemar decide falar em depoimento à PF

Valdemar decidiu falar em seu depoimento à Polícia Federal (PF) na quinta-feira, 22. A expectativa era de que o comandante do partido repetisse a estratégia do ex-presidente Jair Bolsonaro e ficasse em silêncio durante a oitiva, porém, Valdemar decidiu colaborar com os investigadores. 

De acordo com aliados de Valdemar, ele chegou à PF disposto a falar com o objetivo de se diferenciar da postura dos demais investigados. O presidente do PL é investigado no inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado. Bolsonaro também compareceu à sede da PF em Brasília nesta quinta para prestar depoimento, no entanto, o ex-mandatário optou por permanecer em silêncio durante o interrogatório.

Além de Bolsonaro, outros investigados permaneceram em silêncio, como Augusto Heleno (ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional), Mário Fernandes (ex-chefe-substituto da Secretaria-Geral da Presidência da República) e Almir Garnier (ex-comandante da Marinha). 

Por estratégia da PF, todos os investigados tiveram que depor simultaneamente, evitando possíveis combinações de versões. Os depoimentos fazem parte da Operação Tempus Veritatis, deflagrada há duas semanas pela PF.

Segundo as investigações, Bolsonaro e seus aliados teriam se organizado para tentar um golpe de Estado, visando mantê-lo no poder e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Fonte: Redação Terra
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