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Política

Presidente da CPI do INSS pede prorrogação dos trabalhos por 2 meses e celebra operação da PF

Para Carlos Viana é 'absolutamente indispensável' que a comissão funcione até maio de 2026 para 'aprofundar as apurações'

18 dez 2025 - 17h57
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BRASÍLIA - O presidente da CPI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), disse que é "absolutamente indispensável" a prorrogação dos trabalhos da comissão por mais dois meses. Nesse caso, se prorrogada, a CPI, que tem prazo para a apresentação do relatório em 28 de março de 2026, pode ir até o mesmo dia de maio do próximo ano.

"É absolutamente indispensável a prorrogação da CPMI por mais 60 dias. Somente assim será possível aprofundar as apurações, rastrear patrimônio oculto, identificar todos os responsáveis e garantir justiça plena às vítimas", afirmou Viana, ao comentar a nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira, 18.

Carlos Viana preside da CPI do INSS; ele chegou ao cargo por articulação da oposição.
Carlos Viana preside da CPI do INSS; ele chegou ao cargo por articulação da oposição.
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

Viana celebrou as prisões realizadas nesta quinta-feira, caso de Romeu Antunes - filho de Antônio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS - e de Éric Fidelis, filho do ex-diretor de benefícios do INSS André Fidelis, mas aproveitou o momento para denunciar o trabalho que ele atribui à base do governo em conter as investigações da CPI.

Ele mencionou o caso de Gustavo Marques Gaspar, ex-assessor do senador Weverton Rocha (PDT-MA). O senador foi alvo de busca e apreensão na operação da PF desta quinta-feira.

Gaspar concedeu procuração a Rubens Oliveira Costa, apontado pela Polícia Federal como um dos operadores financeiros do esquema de descontos ilegais a aposentados.

A CPI chegou a pautar requerimentos para que Gaspar prestasse esclarecimentos à comissão. Eles acabaram rejeitados.

"Todos (os requerimentos) foram levados a votação por pelo menos três vezes e rejeitados pela base do governo. Em nenhuma dessas ocasiões foi permitido que ele viesse prestar esclarecimentos", disse.

Em nota, Viana também mencionou que foram barrados requerimentos para ouvir na CPI Adroaldo Portal, então secretário-executivo do Ministério da Previdência, ex-assessor de Weverton que foi preso nesta quinta-feira.

"A prisão, nesta data, do número dois da pasta confirma que a CPMI estava correta e evidencia uma realidade alarmante. A Previdência do povo brasileiro continua vulnerável, inclusive em seus níveis mais altos", afirmou Viana.

Investigações da Polícia Federal apontam Weverton Rocha como "sócio oculto" do esquema fraudulento no INSS. Ele teria recebido, por meio de intermediários, recursos da organização criminosa.

A força-tarefa chegou a pedir sua prisão preventiva, mas o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça, relator do processo, negou. O magistrado alegou que prender um parlamentar é uma decisão que tem "efeitos drásticos" e "exige cautela".

Sobre Mendonça, Viana afirmou que faz "atuação conjunta, responsável e institucional" com o ministro.

Estadão
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