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Política

Por pressão do PR, Dilma deve demitir ministro dos Transportes

25 jun 2014 - 09h04
(atualizado às 11h38)
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Presidente Dilma com César Borges durante a cerimônia de posse do ministro
Presidente Dilma com César Borges durante a cerimônia de posse do ministro
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR / Divulgação

Por pressão do Partido da República (PR), a presidente Dilma Rousseff deve demitir o ministro dos Transportes, César Borges. Dilma recebeu o ministro na manhã desta quarta-feira no Palácio da Alvorada e a pauta do encontro seria a substituição na pasta. O PR avisou ontem ao Planalto que Borges não representa a legenda na Esplanada dos Ministérios, um sinal velado de que a legenda pode não confirmar apoio à candidatura de Dilma à reeleição se não for atendida.

César Borges chegou às 8h50 à residência oficial da presidente, dez minutos antes do previsto. Dilma já estava com o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que tem desempenhado papel de protagonismo na articulação política e na campanha da presidente. O ministro-chefe da Secretaria de Portos da Presidência da República, Antonio Henrique Pinheiro, também esteve no local. Ele e Borges deixaram a reunião por volta das 11h. 

Ontem, a pressão do PR foi assunto de jantar entre Dilma e a cúpula do PT, que contou com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mentor político da presidente, além do presidente do partido, Rui Falcão, e de Mercadante.

Após a conversar com o ministro dos Transportes, Dilma se reuniu na presença de Mercadonte com o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL) Paulo Sérgio Passos, antecessor de Borges na pasta. Dilma tem apreço a Passos por ele ter um perfil mais técnico para o setor. Porém, sofre resistência do seu partido, o PR. 

A principal reclamação do PR sobre a atuação de César Borges à frente da pasta dos Transportes é o fato de o ministro dar pouca atenção às demandas  da bancada no ministério. O partido aproveita um momento de vulnerabilidade da campanha de Dilma iniciada com o desembarque do PTB da aliança. Menos partidos na coalisão significa, no curto prazo, menos tempo de televisão garantido durante a propaganda eleitoral gratuita. 

Fonte: Terra
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