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Política

Desfile do 7 de setembro com Lula tem gritos de 'sem anistia' e ausência de ministros do STF

Ministros do governo terão reunião na segunda-feira para articular reação do Planalto ao projeto que prevê perdão aos envolvidos nos atos golpistas

7 set 2025 - 09h50
(atualizado às 14h36)
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acompanhou o desfile do 7 de setembro, em Brasília, ao lado de ministros, do vice Geraldo Alckmin e do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). Às vésperas da retomada do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e integrantes do núcleo crucial do golpe de 8 de janeiro, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não compareceram ao tradicional desfile na capital federal.

No início da manhã, a plateia nas arquibancadas do desfile entoou o grito de "sem anistia", minutos após a chegada do presidente da Câmara à tribuna de honra montada na Esplanada dos Ministérios.

Com o desenrolar do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, Motta sofre pressão de bolsonaristas para pautar a urgência da anistia aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro. O presidente da Câmara já declarou que o número de líderes favoráveis à deliberação do tema aumentou nos últimos dias.

Motta chegou no evento por volta das 8h20. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) não esteve presente — ele resolveu passar o feriado no Amapá.

Em uma rede social, o presidente da Câmara postou um vídeo em que defendeu "equilíbrio" como forma de garantir independência ao País.

"Hoje, num Brasil tão dividido, qual é o verdadeiro grito de independência que a gente precisa dar? A verdadeira independência é ter equilíbrio", disse o deputado.

Outra autoridade que chegou cedo à Esplanada dos Ministérios para acompanhar o desfile foi o vice-presidente Geraldo Alckmin, acompanhado de outros ministros do governo Lula, como Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Mauro Vieira (Relações Exteriores).

Lula chegou minutos antes do início oficial do desfile. Ao final, o presidente foi até as arquibancadas destinadas ao público geral, onde abraçou integrantes do Núcleo Estadual de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (Neojiba).

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal informou, inicialmente, que 35 mil pessoas acompanharam o desfile na Esplanada neste domingo. No início da tarde, o número foi revisado para 80 mil.

Reação do Planalto

Gleisi Hoffmann terá uma reunião com colegas de ministério nesta segunda-feira, 8, para articular a reação do Executivo ao projeto de lei que perdoa os condenados pelos atos golpistas. Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast Político, a intenção é traçar planos para barrar a aprovação da urgência da proposta.

A reunião vai ocorrer no gabinete da ministra no Palácio do Planalto. Gleisi deve pedir aos ministros que convençam parlamentares das siglas deles a votarem contra a urgência da proposta. Um dos textos, que garante o perdão desde 2019, anistiaria o ex-presidente Jair Bolsonaro e o tornaria elegível para as eleições do ano que vem.

Em entrevista à GloboNews na sexta-feira, 5, Gleisi afirmou que o governo está focado em tentar derrubar a urgência. Caso aprovada, a anistia estará pronta para ser votada no plenário. Deputados aliados de Bolsonaro estimam que o texto teria ao menos 300 votos favoráveis entre os 581 deputados.

Ministros do STF não participam do desfile

Ministros do Supremo Tribunal Federal e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), não compareceram ao desfile na Esplanada dos Ministérios.

O presidente Lula autorizou o início do desfile por volta das 9h30. Nas arquibancadas montadas para o evento, foram distribuídos bonés com os dizeres "Brasil Soberano", um dos três temas da solenidade, que também destaca a "COP-30" - a ser realizada em Belém, em novembro - e o "Brasil do Futuro". Também parte dos populares usa camisas da Seleção Brasileira.

Estadão
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