Script = https://s1.trrsf.com/update-1764790511/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Política

Pen drive encontrado com Bolsonaro continha documentos de empresa de aliado ligada ao setor médico

Dispositivo apreendido pela Polícia Federal em operação na casa do ex-presidente armazenava catálogos e certificados

24 ago 2025 - 12h04
(atualizado às 13h29)
Compartilhar
Exibir comentários
Resumo
Durante uma operação em julho, a Polícia Federal apreendeu um pen drive no banheiro do quarto do ex-presidente Jair Bolsonaro. O dispositivo continha arquivos ligados à Medicalfix, empresa de equipamentos médicos gerida por Mário Roberto Perussi, amigo próximo de Bolsonaro. A maioria dos dados havia sido apagada e foi considerada irrelevante para as investigações, não sendo incluída no relatório de indiciamento do ex-presidente e de seu filho Eduardo Bolsonaro.
O ex-presidente Jair Bolsonaro, réu no STF por conta da trama golpista
O ex-presidente Jair Bolsonaro, réu no STF por conta da trama golpista
Foto: Wilton Júnior/Estadão / Estadão

Em uma operação da Polícia Federal realizada no último dia 18, na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), agentes encontraram um pen drive escondido no banheiro do quarto do ex-mandatário. Após perícia, foi constatado que o dispositivo continha arquivos relacionados a uma empresa administrada por um de seus aliados.

Os arquivos pertenciam à Medicalfix, empresa sediada em Santa Rita do Passa Quatro (SP), especializada na produção de equipamentos cirúrgicos e odontológicos. O responsável pela empresa é o dentista Mário Roberto Perussi, que já apareceu publicamente ao lado de Bolsonaro e de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em eventos recentes.

De acordo com os peritos da PF, a maior parte do conteúdo havia sido apagada e não pôde ser recuperada. O que restou no pen drive eram arquivos em PDF, com catálogos de produtos da empresa, como brocas cirúrgicas, sistemas de fixação rígida, materiais para fechamento craniano e dispositivos voltados para a área crânio-bucomaxilofacial.

Além dos catálogos, também foi encontrado um certificado de boas práticas emitido pela Anvisa e pelo Ministério da Saúde, atestando a conformidade sanitária da empresa.

A Polícia Federal concluiu que o material armazenado no dispositivo não tinha relevância criminal ou investigativa e, por isso, não foi incluído no relatório que resultou no indiciamento de Bolsonaro e Eduardo em outras frentes investigativas.

A relação entre Bolsonaro e Perussi não é recente. Em agosto do ano passado, os dois participaram de um café da manhã, registrado nas redes sociais do empresário, onde discutiram a competitividade das empresas nacionais diante da importação de maquinário estrangeiro. Segundo Perussi, o encontro abordou ainda propostas para revisar a legislação tributária visando apoiar o setor produtivo nacional.

Apesar da curiosidade gerada pela presença do pen drive na casa do ex-presidente, o episódio foi classificado como secundário no escopo das investigações mais amplas conduzidas pela PF.

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade