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Política

'Não pode virar balcão de negócios', diz líder do PSD sobre novos partidos

O PSD apoia o projeto, em tramitação na Câmara, que impede a transferência do tempo de propaganda eleitoral e dos recursos do fundo aos deputados que migrem de partido durante a legislatura

11 abr 2013 - 20h03
(atualizado às 20h10)
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O líder do PSD na Câmara, o deputado do Paraná Eduardo Sciarra, afirmou nesta quinta-feira que o acesso de novos partidos ao fundo partidário e ao tempo de televisão pode transformar a criação de novas legendas em um "balcão de negócios". O PSD apoia o projeto, em tramitação na Câmara, que impede a transferência do tempo de propaganda eleitoral e dos recursos do fundo aos deputados que migrem de partido durante a legislatura.

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O deputado negou que o objetivo do PSD seja prejudicar a ex-senadora Marina Silva, que tenta criar um novo partido, o Rede Sustentabilidade. "Nós temos uma proliferação de partidos e, muitos deles, estão fazendo uma aventura que, se der certo, vai permitir que eles tenham mais tempo de rádio e televisão somente para negociar. O que não pode é virar um balcão de negócios", diz o Sciarra.

Para o líder, não há incoerência na posição do PSD, que foi fundado em 2011 e garantiu na Justiça tempo de propaganda e repasses do fundo partidário proporcionais ao número de deputados federais que migraram. "No nosso caso foi completamente diferente, nós não tivemos nunca certeza de que teríamos tempo de rádio e TV. Estávamos prontos para a eleição de 2012, tanto que só tivemos o tempo de TV concedido as vésperas da convenção partidária", diz o deputado.

"Nós fizemos um movimento político muito forte, com deputados, governadores, prefeitos, etc, e com uma característica: não teríamos certeza se teríamos tempo de televisão e rádio. Fomos à luta para montar o partido e concorrer a eleição. Só que, paralelamente isso, agora, como viram que deu certo a ação do PSD, começou um mercantilismo. Há quase 30 partidos tentando um trabalho de constituição, e o sistema político brasileiro não vai se dar bem com isso", diz Sciarra.

Ontem, o Plenário da Câmara tentou aprovar o regime de urgência para votação do projeto, mas não obteve quórum. Foram 247 votos, mas esse regime de tramitação precisa de 257 votos favoráveis. No total, foram 247 votos a favor, 20 votos contra e 9 abstenções. Segundo o líder do PSD, o projeto foi colocado em votação "sem ter sido decidido no colégio de líderes".

Fonte: Terra
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