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Política

MT: acusado de receber propina, ex-governador está foragido

16 set 2015 - 09h50
(atualizado em 21/9/2015 às 13h34)
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O ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), está foragido acusado de conceder e manter bilionários incentivos fiscais em troca de propina. A operação Sodoma, da Polícia Fazendária de Mato Grosso, desencadeada na tarde de terça-feira (15), prendeu dois ex-secretários de Estado de Silval, Pedro Nadaf (Indústria, Comércio, Minas e Energia) e Marcel Cursi (Fazenda).

O ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB).
O ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB).
Foto: Secom-MT

A assessoria de imprensa do ex-governador disse que não sabe do paradeiro dele. Os advogados afirmam que só ficaram sabendo do caso por meio da imprensa e ainda não “tomaram pé” da situação.

O depoimento de um empresário do ramo de peças para tratores e caminhões, dono da Tractor Tractor Parts, que tem lojas em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia, é que subsidiou a delegada Alana Cardoso a pedir as prisões, concedidas pela juíza Selma Arruda, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá.

O empresário João Batista Rosa disse que pagou propina no valor de R$ 2,6 milhões, em cheques, dinheiro e via transferência bancária, ao então secretário Nadaf, para não ser cortado do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic), criado pela Lei nº 7.958 em 2003, com o objetivo de expandir, modernizar e diversificar as atividades econômicas de Mato Grosso, com ênfase na geração de emprego e renda e na redução das desigualdades sociais e regionais.

Em nota o empresário afirma ter sido vítima de "severa extorsão de agentes públicos".

O depoimento do empresário foi prestado no inquérito 070/2015, que apura crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção passiva.

A gestão de Silval Barbosa foi marcada por escândalos, especialmente irregularidades em contratos da extinta Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) e na Assistência Social.

No dia 20 de agosto deste ano, a esposa do ex-governador, Roseli Barbosa, que também era secretária na gestão dele, foi presa,suspeita de liderar um esquema que teria desviado R$ 8 milhões dos cofres públicos, entre 2011 e 2014, período em que ficou à frente da pasta da Assistência Social. Ela conseguiu habeas corpus e responde em liberdade.

O ex-governador era um dos entusiastas da vinda do mundial da Fifa para Cuiabá e avalizou 34 contratos da Secopa, sendo um deles do bilionário VLT. A obra do VLT, que é um trem urbano de superfície, foi orçada em R$ 1,4 bilhão. Além de não ficar pronta para a Copa, está parada desde dezembro do ano passado.

O governo atual avalia se toca o empreendimento, que estaria fora da realidade local, ou não, uma vez que o consórcio responsável pelo projeto, que já recebeu R$ 1 bilhão do Estado, reivindica o mesmo valor em aditivo para colocar o modal em funcionamento.

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Fonte: Especial para Terra
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