Malafaia chama deputados que votaram contra a PL da Anistia de "prostitutas da direita"
Na sexta-feira, 19 de setembro, o pastor Silas Malafaia criticou o voto dos deputados de direita e centro contra a PL da anistia. Para o líder religioso, os parlamentares que se colocaram contra são "prostitutas da direita".
Na sexta-feira, 19 de setembro, o pastor Silas Malafaia criticou o voto de deputados de direita e centro contra o PL da Anistia. Para o líder religioso, os parlamentares que se posicionaram contra são "prostitutas da direita".
"Isso é uma vergonha. É o que eu chamo de prostituição da direita, sabe? É vergonhoso estar na corja da esquerda e votar contra a urgência de um projeto."
Além das críticas, Malafaia também questionou a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão, afirmando que a decisão do Supremo Tribunal Federal foi tomada "sem provas".
"Bolsonaro foi condenado a 27 anos de cadeia, mais do que um traficante. Vamos lá: por que ele foi condenado? Por dano ao patrimônio público e ao patrimônio tombado. Como, se Bolsonaro estava na América? Onde é que existe um vídeo, uma fala dele pedindo para o pessoal quebrar Brasília? Ele ficou calado aqui, foi embora em silêncio. Eu até disse que ele deveria ter falado alguma coisa, mas não falou nada. Golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático? Golpe de Estado? Golpe de Estado é contra o mandatário! Quem tentou derrubar Lula? Onde está a prova? Nenhuma! Golpe? Abolição violenta do Estado Democrático de Direito? Com que armas? Metralhadora? Bomba? Não. Foi com batom? Pedra? Pau? Isso é uma vergonha, gente."
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Confira como votaram os deputados pernambucanos
A Câmara dos Deputados aprovou na noite da quarta-feira, 17 de setembro, o requerimento de urgência para o Projeto de Lei 2162/23, sobre anistia aos participantes de manifestações reivindicatórias de motivação política ocorridas entre o dia 30 de outubro de 2022 e o dia de entrada em vigor se a proposta virar lei. Foram 311 votos a favor, 163 contra e 7 abstenções. A data de votação do projeto ainda será definida.
Votaram a favor da proposta
- André Ferreira (PL-PE)
- Augusto Coutinho (Republican-PE)
- Clarissa Tércio (PP-PE)
- Coronel Meira (PL-PE)
- Eduardo da Fonte (PP-PE)
- Fernando Rodolfo (PL-PE)
- Lula da Fonte (PP-PE)
- Mendonça Filho (União-PE)
- Ossesio Silva (Republican-PE)
- Pastor Eurico (PL-PE)
- Waldemar Oliveira (Avante-PE)
Votaram contra a proposta:
- Carlos Veras (PT-PE)
- Clodoaldo Magalhães (PV-PE)
- Eriberto Medeiros (PSB-PE)
- Felipe Carreras (PSB-PE)
- Fernando Coelho (União-PE)
- Fernando Monteiro (Republican-PE)
- Lucas Ramos (PSB-PE)
- Luciano Bivar (União-PE)
- Maria Arraes (Solidaried-PE)
- Pedro Campos (PSB-PE)
- Renildo Calheiros (PCdoB-PE)
- Túlio Gadêlha (Rede-PE)
Apenas dois deputados não votaram: Guilherme Uchoa (PSB-PE) e Iza Arruda (MDB-PE). O motivo não foi relatado no site da Câmara dos Deputados.
Entenda
Os projetos com urgência podem ser votados diretamente no Plenário, sem passar antes pelas comissões da Câmara.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que um relator será nomeado nesta quinta-feira (18) para apresentar a versão de um texto que encontre apoio da maioria ampla da Casa. Segundo Motta, há visões distintas e interesses divergentes sobre os acontecimentos de 8 de janeiro de 2023 e, portanto, caberá ao Plenário decidir.
Motta explicou que buscará construir com o futuro relator um texto que traga pacificação para o país.
"Tenho convicção que a Câmara conseguirá construir essa solução que busque a pacificação nacional, o respeito às instituições, o compromisso com a legalidade e levando em conta também as condições humanitárias das pessoas que estão envolvidas nesse assunto. Não se trata de apagar o passado, mas de permitir que o presente seja reconciliado e o futuro construído em bases de diálogo e respeito", disse.