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Política

Lira classifica desfile militar como "trágica coincidência"

As Forças Armadas irão desfilar na Esplanada no mesmo dia em que está prevista a votação da PEC do voto impresso na Câmara

9 ago 2021 - 20h20
(atualizado às 21h21)
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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), classificou como uma "trágica coincidência" a realização de desfile militar amanhã, 10, convocado pela Marinha nos arredores do Congresso Nacional, em Brasília, pela manhã. Segundo informou a Força Armada, em nota, um comboio de veículos militares blindados fará parte de exercício militar, a Operação Formosa, promovido pela Marinha e que pela primeira vez contará com a participação do Exército e da Força Aérea.  

Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, Brasília, Brasil, 12/02/2021. REUTERS/Ueslei Marcelino
Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, Brasília, Brasil, 12/02/2021. REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

No mesmo dia, está prevista a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) do voto impresso pela Câmara. Para alguns parlamentares, o exercício foi visto como uma tentativa de intimidação do Congresso e de influenciar o resultado da votação.

"Não é usual", disse o presidente da Câmara sobre o exercício militar. "E não sendo usual, em um País polarizado do jeito que o Brasil está, isso dá cabimento para que se especule tratar de algum tipo de pressão. Entramos em contato com o Palácio do Planalto, falei com o presidente Bolsonaro e ele garantiu não haver esse intuito", afirmou o parlamentar. Segundo Lira, em entrevista a O Antagonista, o desfile não deve causar problemas à votação, mas caso parlamentares e a população achem conveniente, seria possível adiar a votação da PEC.

"Essa Operação Formosa acontece desde 1988 aqui em Goiás com movimentações da Marinha. Esse ano serão acrescidos o Exército e a Aeronáutica. Então não é uma coisa que foi inventada, mas também nunca houve desfile na Esplanada dos Ministérios para ir a Formosa (GO) e parar na frente do Palácio do Planalto", afirmou Lira.

Estadão
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