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Política

Líderes do passado e críticas ao PT marcam convenção do PSDB

Ato em São Paulo reuniu a militância de todo o País e oficializou o senador mineiro Aécio Neves como candidato do partido à Presidência

14 jun 2014 - 15h15
(atualizado às 23h33)
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<p>Lideranças tucanas e críticas ao PT protagonizaram o discurso de lançamento de Aécio como candidato à Presidência da República</p>
Lideranças tucanas e críticas ao PT protagonizaram o discurso de lançamento de Aécio como candidato à Presidência da República
Foto: Alan Morici / Terra

O Partido dos Trabalhadores foi um dos principais personagens da convenção nacional que referendou, neste sábado, o senador mineiro Aécio Neves como candidato do PSDB à Presidência da República. O evento reuniu militantes de todo o Brasil em um centro de convenções da zona norte de São Paulo. Dos 451 delegados de partido aptos a votar, 447 aprovaram a candidatura do senador, contra três votos brancos e um nulo.

O partido da principal rival de Aécio no pleito de outubro, a presidente Dilma Rousseff, foi o alvo preferido das críticas de tucanos e aliados - entre os quais, o presidente do Democratas, senador José Agripino Maia (RN), que chamou Aécio de “candidato jeitosão”.

Além das críticas ao modelo de governo do PT, a convenção exaltou líderes - tucanos ou não - das últimas décadas, dentre os quais os ex-presidentes Juscelino Kubitschek, Tancredo Neves (avô de Aécio) e Fernando Henrique Cardoso, além dos ex-governadores paulistas Franco Montoro e Mário Covas. FHC ganhou papel de destaque nos discursos ao ser lembrado como autor do Plano Real, responsável pela estabilidade econômica do país, além de programas de transferência de renda, que, segundo os tucanos, foram herdados pelos petistas.

“Vimos com FHC um governo com princípios, sem escamoteações. Agora, estamos vendo a máscara do PT cair, porque ele desrespeita as pessoas, as leis, o povo”, afirmou o governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho. “Não é possível olhar esse país e ver que tristeza e desesperança ocupam os corações de norte a sul. Mais que uma crise política, vivemos uma crise de representatividade; uma encruzilhada civilizatória absolutamente necessária”, concluiu.

O ex-governador José Serra, um dos cotados para a vaga de candidato agora ocupada pelo colega mineiro, destacou a “inflação aumentada e a economia estagnada da era petista”.

“Hoje, 45% dos brasileiros consideram saúde o principal problema do país. Ela foi transformada em uma peça publicitária”, definiu Serra, para quem o governo Dilma possui “uma incompetência convicta com muito talento”. “O partido no poder usa o patrimônio público a seu beneficio, como nunca antes da história do Brasil contemporâneo”, disse, para avaliar: “O que os brasileiros mais desejam hoje é se verem livres do governo do PT, que, neste momento, é a vanguarda do atraso no Brasil.”

Já FHC, que garantiu haver aliança dentro do partido, declarou que a candidatura de Aécio é uma forma de o País se livrar do que o tucano classificou como “corruptos, ladrões, farsantes”. “O povo se cansou de comiseração”, definiu o ex-presidente, para quem “é preciso um líder jovem que se dedique de corpo e alma” à governança.

Aécio fez menções ao avô, Tancredo - entre as quais, um poema de Ferreira Gullar quando da morte do então presidente -, enalteceu as realizações das gestões tucanas na Presidência  e não poupou munição aos governos do PT.

“Quem foi contra o Plano Real é quem hoje permite a volta da inflação; quem foi contra a Lei de Responsabilidade Fiscal é quem hoje assina a maldita contabilidade criativa; quem se negou a apoiar a união nacional defendida por Tancredo e Itamar, em dois momentos importantíssimos da vida nacional, são os mesmos que se esforçam hoje em dividir o Brasil de forma perversa entre o nós e eles”, reclamou. “Nos últimos anos, com velocidade surpreendente, o legado bendito que a gestão do PSDB deixou para o país está se esvaindo, se esgotando; a inflação é uma realidade que assalta a mesa dos mais pobres”.

Para o tucano, os brasileiros “acreditaram na propaganda de quem dizia defender a ética e elegeram um governo que foi protagonista dos maiores escândalos de corrupção da nossa história. Acreditaram na propaganda de quem dizia defender o patrimônio público. E elegeram um governo que em poucos anos vem aniquilando o valioso patrimônio construído por gerações de brasileiros”, completou. “O Brasil não aceita mais o Estado cooptado e aparelhado”.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou que o nome do vice deve sair em duas semanas. Entre os cotados estão o presidente nacional do DEM, o senador Aloísio Nunes Ferreira (PSDB-SP), e a deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP).

Fonte: Terra
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