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Política

Identificação dos restos mortais de Eduardo Campos leverá mais 2 ou 3 dias

14 ago 2014 - 13h20
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A identificação dos restos do candidato à presidência Eduardo Campos, morto ontem em um acidente aéreo em Santos, no litoral de São Paulo, demorará entre "dois ou três dias", informaram nesta quinta-feira fontes oficiais.

Campos, que aparecia em terceiro nas enquetes relacionadas às eleições de outubro, com 10% das intenções de voto, morreu junto de outras seis pessoas na trágica queda do jato em que se deslocava para cumprir os atos de sua campanha.

O acidente ocorreu em meio a uma forte chuva, enquanto a violência do impacto deixou o aparelho inteiramente destruído, tendo em vista que os destroços da aeronave se espalharam em um raio de uns 200 metros.

Os bombeiros informaram que puderam localizar partes dos restos mortais de Campos e dos outros ocupantes, mas que a identificação das vítimas dependerá de exames de DNA que já começaram a ser realizados no Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo.

O delegado Aldo Galleano, a cargo da investigação do acidente, disse hoje aos jornalistas que a identificação dos restos mortais demorará "dois ou três dias", embora não tenha citado um prazo determinado.

"Tudo dependerá do estado do material genético recuperado", explicou o porta-voz policial, que acrescentou que as autoridades já solicitaram mostras dos parentes de todas as vítimas para realizar as comparações necessárias.

A morte de Campos fez com que os demais candidatos à presidência, incluindo a presidente Dilma (PT) e Aécio Neves (PSDB), suspendessem suas campanhas, enquanto aguardam o enterro do líder do Partido Socialista Brasileiro (PSB).

Após a trágica morte de Campos, o PSB tem um prazo de dez dias (até o próximo dia 23) para definir quem será seu novo candidato à presidência, uma decisão que, segundo alguns dirigentes do partido, deverá ser tomada somente após o enterro das vítimas.

No entanto, tanto a imprensa como todos os analistas políticos coincidem em que o partido deverá postular a ecologista Marina Silva, candidata à vice-presidência na chapa.

Marina se filiou ao PSB em setembro do ano passado, depois de não ter conseguido formalizar em tempo a criação de um novo partido para tentar chegar ao poder, a Rede. A até então candidata à vice-presidência ficou na terceira colocação nas eleições de 2010, com quase 20% dos votos.

Até agora, as enquetes de intenções de voto indicavam 40% para Dilma, enquanto Aécio mantinha 23%. Desta forma, Campos, que aparecia com 10%, se apresentava como uma "terceira via" no cenário eleitoral e como um possível fator de desiquilíbrio em um hipotético segundo turno entre os dois primeiros candidatos.

EFE   
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