Governo americano chama Moraes de 'tóxico' e proíbe cidadãos e estrangeiros de manterem negócios
Postagem destaca que "nenhum tribunal estrangeiro pode invalidar as sanções dos Estados Unidos"
O governo dos Estados Unidos voltou a atacar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma postagem publicada na noite desta segunda-feira, no perfil do Departamento de Assuntos do Hemisfério Oeste dos EUA no X (antigo Twitter), Moraes foi chamado de "tóxico".
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"Alexandre de Moraes é tóxico para todas as empresas e indivíduos legítimos que buscam acesso aos EUA e seus mercados. Nenhum tribunal estrangeiro pode invalidar as sanções dos Estados Unidos -- ou poupar alguém das consequências graves de violá-las".
Alexandre de Moraes is toxic to all legitimate businesses and individuals seeking access to the US and its markets. No foreign court can invalidate United States sanctions—or spare anyone from the steep consequences of violating them.
U.S. persons are prohibited from transacting…
— Bureau of Western Hemisphere Affairs (@WHAAsstSecty) August 18, 2025
A publicação reforçou ainda que cidadãos norte-americanos não podem manter negócios com o magistrado e que estrangeiros devem agir com cuidado: "Aqueles que fornecem apoio material a violadores de direitos humanos enfrentam riscos de sanções".
No fim de julho, o Departamento do Tesouro havia adotado uma medida inédita contra um ministro do STF, ao sancionar Moraes com base na Lei Magnitsky, tradicionalmente aplicada a acusados de violações graves de direitos humanos.
A decisão cita o processo em andamento no STF contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, réu por tentativa de golpe de Estado após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022. Como consequência, os EUA bloquearam possíveis bens do ministro em território americano, assim como os de empresas vinculadas a ele. Além disso, os cidadãos do país estão impedidos de realizar qualquer tipo de transação financeira ou comercial com Moraes.