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Política

Governador do Tocantins é afastado por suspeita de fraudes durante a pandemia

Wanderley Barbosa teria, também, desviado recursos para pousada do filho

3 set 2025 - 16h18
(atualizado às 19h45)
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Wanderley Barbosa (Republicanos)
Wanderley Barbosa (Republicanos)
Foto: Antônio Gonçalves/Governo do Tocantins

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou nesta quarta-feira, 3, o afastamento por seis meses do governador do Tocantins, Wanderley Barbosa (Republicanos). Ele é investigado por suposto envolvimento em irregularidades na compra de cestas básicas durante a pandemia de covid-19. Barbosa assumiu o comando do Executivo estadual em outubro de 2021, após a saída do então governador Mauro Carlesse, que também foi alvo.

Carlesse foi afastado em outubro de 2021, sob suspeita de participação em um esquema de propinas, e renunciou ao cargo em março do ano seguinte. 

Entre os elementos apurados pela PF, está a construção de uma pousada de alto padrão em Taquaruçu, distrito turístico de Palmas, conforme veiculado pelo Opção. O empreendimento, chamado Pedra Canga, está registrado em nome de Rérison Antônio Castro Leite, filho do governador afastado e atual diretor-superintendente do Sebrae no Tocantins.

Segundo os investigadores, o negócio teria recebido cerca de R$ 2,4 milhões entre junho de 2022 e julho de 2024, valores que seriam provenientes do esquema de desvio.

Relatórios apontam que os investimentos foram contabilizados como se fossem de "investidor-anjo". Interceptações telefônicas revelaram diálogos entre Rérison e Marcos Martins Camilo, então chefe de gabinete de Barbosa, que reforçam a suspeita de ocultação de patrimônio em nome do filho. 

Ao se manifestar nesta quarta-feira, Barbosa classificou o afastamento como "precipitado" e reforçou que, à época dos fatos, ainda não era responsável por despesas do programa investigado. O Terra buscou posicionamento do governador sobre os desvios em nome do filho, mas não obteve retorno.

"É importante ressaltar que o pagamento das cestas básicas, objeto da investigação, ocorreu entre 2020 e 2021, ainda na gestão anterior, quando eu exercia o cargo de vice-governador e não era ordenador de despesas", afirmou em nota. O governador afastado também destacou que determinara a instauração de auditoria sobre os contratos suspeitos.

Barbosa afirmou ainda que recorrerá para tentar retomar o cargo. "Além dessas providências já em curso, acionarei os meios jurídicos necessários para reassumir o cargo de governador, comprovar a legalidade dos meus atos e enfrentar essa injustiça, assegurando a estabilidade do Estado e a continuidade dos serviços à população", concluiu.

De acordo com a Polícia Federal, mais de 200 agentes cumprem 51 mandados de busca e apreensão nas cidades de Palmas e Araguaína (TO), além do Distrito Federal, Imperatriz (MA) e João Pessoa (PB).

O objetivo é reunir novos elementos que indiquem desvios de recursos, uso de emendas parlamentares e recebimento de vantagens indevidas por agentes públicos. Segundo a corporação, já foram identificados "fortes indícios" de que, entre 2020 e 2021, contratos de fornecimento de cestas básicas e frangos congelados foram fraudados.

As investigações apontam que mais de R$ 97 milhões foram pagos a empresas contratadas, com prejuízo estimado em R$ 73 milhões aos cofres públicos. Os valores desviados teriam sido lavados por meio da construção de imóveis de luxo, da compra de gado e do custeio de despesas pessoais.

Fonte: Redação Terra
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