Governador de SP sanciona lei que perdoa multas da pandemia, e Bolsonaro deixa de pagar R$ 1 milhão
Texto anistia multas aplicadas para aqueles que não usaram máscaras durante o período de restrição da Covid-19
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sancionou nesta quinta-feira, 9, a lei que anistia as multas pelo descumprimento de uso da máscara durante a pandemia da Covid-19 no estado.
Com a sanção, a lei passa a beneficiar diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que tem dívidas de mais de R$ 1 milhão com o estado pelo não uso de máscaras. O texto também favorece outros sete políticos bolsonaristas que descumpriram a lei paulista durante o período de restrição.
Veja lista:
- Eduardo Bolsonaro, deputado federal por São Paulo e filho do ex-presidente - 4 multas - R$ 133.788,05.
- Hélio Lopes, deputado federal pelo Rio de Janeiro, amigo do ex-presidente - 2 multas - R$ 60.981,51.
- Marco Feliciano, deputado federal - 1 multa - R$ 704,84 (único que diz ter pago)
- General Girão, deputado federal pelo Rio Grande do Norte - 1 multa - R$ 704,84.
- Coronel Tadeu, ex-deputado federal por São Paulo - 2 multas - R$ 1.542,73.
- Gil Diniz, deputado estadual por São Paulo - 1 multa - R$ 800,66.
- Mario Frias, ex-secretário de Cultura e deputado federal por São Paulo - 1 multa - R$ 704,84.
- André Porciúncula, ex-secretário especial de Cultura - 1 multa - R$ 774,62.
Agora, a defesa de Bolsonaro espera recuperar os R$ 913 mil que foram depositados em juízo após a Justiça determinar o bloqueio de mais de R$ 300 mil das contas do ex-presidente.
Com a aprovação da lei, o governo de São Paulo vai abrir mão de cobrar mais de R$ 73 milhões em potencial de arrecadação. Ao todo, 11 mil multas foram aplicadas pelo governo pelo descumprimento da medida.