Em meio a tarifaço de Trump, Lula e premiê da Índia trocam informações sobre Pix e exaltam Brics
Presidente telefonou para o Narendra Modi e conversa durou cerca de uma hora
Lula e Narendra Modi discutiram tarifas dos EUA, expandir comércio bilateral, cooperação estratégica e integração via Pix e UPI, além de fortalecer laços no âmbito do BRICS.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou ao telefone com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, nesta quinta-feira, 7.
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A conversa aconteceu em meio ao tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com taxas de 50% sobre produtos brasileiros, e de 25% a mais sobre a Índia, totalizando 50%, por ter comprado petróleo russo.
Segundo o Planalto, Lula e Modi discutiram o cenário econômico internacional e as tarifas unilaterais. O Brasil e a Índia são os dois países mais afetados pelo tarifaço de Trump. Ambos reafirmaram que devem enfrentar o desafio em conjunto, além de explorar possibilidades de maior integração entre os dois países.
Os líderes também discutiram as plataformas de pagamento virtual nos países, incluindo o Pix e a UPI indiana. Os dois falaram sobre o "êxito" a Cúpula do BRICS no Brasil e como irão trabalhar juntos para a transição da próxima presidência do bloco, que ficará a cargo da Índia.
Lula também conversou com Modi sobre a meta de aumentar o comércio bilateral para mais de US$ 20 bilhões até 2030. Para isso, os países devem ampliar a cobertura do acordo entre Mercosul e Índia.
Segundo o gabinete de Modi, o primeiro-ministro da Índia e Lula concordaram em aumentar a cooperação em comércio, tecnologia, energia, defesa, agricultura, saúde e laços interpessoais.
Encontro
Os dois líderes conversaram por cerca de uma hora e também abordaram os resultados da visita de Estado que o premiê fez ao Brasil em 8 de julho.
Ficou acordado que Lula deve fazer uma visita de Estado à Índia no início do próximo ano, e como preparação, o vice-presidente Geraldo Alckmin irá ao país em outubro, para participar da reunião do Mecanismo de Monitoramento de Comércio. Além de Alckmin, devem comparecer ministros e empresários brasileiros.
