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Política

DEM quer convocar Berzoini para explicar combinação em CPI

4 ago 2014 - 20h00
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O líder do DEM na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (PE), protocolou requerimento para convocar o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, para que explique a suposta participação de um de seus assessores, Paulo André Argenta, em um esquema de combinação de perguntas em depoimentos de aliados na CPI da Petrobras no Senado, denunciado pela revista Veja.

Segundo a publicação, os depoentes tinham acesso prévio a perguntas que seriam feitas por parlamentares aliados. Conforme nota da bancada do DEM na Câmara, o suposto esquema transforma a comissão de inquérito em “teatro”. O partido ainda quer esclarecer se o esquema foi estendido à CPI mista (CPMI) da Petrobras.

O deputado também protocolou requerimento para que Berzoini, Argenta e outros dois assessores de senadores citados pela reportagem prestem esclarecimentos à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. “Não dá para nós termos uma CPI que seja manipulada pelo Palácio do Planalto. Isso é uma interferência absurda e indevida na independência do Legislativo e nas prerrogativas de qualquer comissão parlamentar de inquérito. Apurar os fatos com os envolvidos nos dará a oportunidade de revelar se esse esquema se deu exclusivamente na do Senado ou se foi estendido para a CPMI”, justificou Mendonça.

A revista Veja publicou uma reportagem no fim de semana que afirma ter tido acesso a um vídeo de 20 minutos de uma reunião da qual participam o chefe do escritório da Petrobras em Brasília, José Eduardo Sobral Barrocas, o advogado da Petrobras, Bruno Ferreira, e outra pessoa de identidade desconhecida.

A gravação, feita por um funcionário da empresa, na véspera do depoimento do ex-diretor internacional da Petrobras Nestor Cerveró, apontado pela presidente Dilma Rousseff como o responsável por ter elaborado um relatório falho sobre a refinaria de Pasadena, mostra que Barrocas e Ferreira tinham acesso às perguntas que os parlamentares fariam aos depoentes, e os treinavam para respondê-las. Um "gabarito" teria sido produzido e enviado em uma ocasião para a presidente da Petrobras, Graça Foster.

Fonte: Terra
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