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Política

CPI vai prender Bolsonaro, diz Randolfe na fila da vacina

Vice-presidente da comissão discutiu com bolsonarista e chamou o chefe do Executivo de "assassino"

21 jun 2021 - 17h19
(atualizado às 17h50)
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Randolfe Rodrigues
Randolfe Rodrigues
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que a comissão parlamentar de inquérito "vai prender Jair Bolsonaro". A afirmação de Randolfe foi feita durante bate-boca com um apoiador do presidente em Macapá, nesta segunda-feira, 21. O senador também chamou Bolsonaro de "assassino".

Ao tomar a primeira dose da vacina contra a covid-19, disponível para sua faixa etária, Randolfe, de 48 anos, foi abordado por um eleitor que tinha o rosto de Bolsonaro estampado em uma máscara. O homem se aproximou do parlamentar e perguntou: "Por que aquela CPI da palhaçada lá em Brasília?". Foi então que Randolfe respondeu que Bolsonaro será preso.

O vídeo foi compartilhado pela assessoria do senador. Na discussão, o apoiador declarou que Bolsonaro não irá para a cadeia porque "Deus está com ele" e que os senadores deveriam "cuidar do País, que está doente". O vice-presidente da CPI rebateu e atribuiu ao presidente as mortes decorrentes do novo coronavírus. "Matou meio milhão de brasileiros. É um assassino. Jair Bolsonaro é um assassino", insistiu Randolfe. Em mais de uma ocasião, Bolsonaro chamou o vice-presidente da CPI de "saltitante".

A CPI avalia incluir Bolsonaro na lista de investigados. Assessorados por juristas, os senadores também estudam se há possibilidade legal de chamar o presidente para depor ou enviar a ele perguntas por escrito. De qualquer forma, a cúpula do colegiado diz já ter provas suficientes para responsabilizá-lo pelo descontrole da pandemia no Brasil.

Em outra gravação divulgada nas redes sociais, Randolfe comentou o episódio desta segunda-feira, 21, e disse que os senadores não serão "intimidados". O vice-presidente da CPI classificou a abordagem como "agressão desmedida por um militante das milícias que lamentavelmente andam por todo o canto do País." Além de Randolfe, outros integrantes da CPI já relataram ameaças de milícias digitais desde o início dos trabalhos da comissão.

"Os responsáveis por nós termos mais de meio milhão de mortos, tenham certeza, iremos fazer de tudo para que paguem pelos seus crimes. Não adianta tentativa de intimidação. Não terão êxito", insistiu o senador.

Estadão
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