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Política

Bolsonaro tem vídeo sobre eleição de 2018 removido do YouTube

18 abr 2022 - 16h23
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Um vídeo publicado no canal do presidente Jair Bolsonaro no YouTube foi removido pela plataforma por violar as diretrizes da empresa que coíbem, por exemplo, conteúdos que promovam desinformação eleitoral.

Em nota, o YouTube afirmou apenas que elaborou um conjunto de diretrizes, incluindo uma "política de integridade eleitoral", com o objetivo de "reduzir a disseminação de informações enganosas e permitindo, ao mesmo tempo, a realização do debate político". Segundo a plataforma, conteúdos que violarem as regras serão deletados e o canal será penalizado. A informação foi adiantada pelo G1.

O vídeo reproduz uma entrevista de Bolsonaro à Rádio Jovem Pan Maringá em que o presidente defende o voto impresso, pede a contagem pública de votos e diz ter apresentado provas da "invasão do sistema eleitoral" por um hacker em 2018. Ele também disse existir "indício fortíssimo" de fraude nas eleições municipais de 2020, em São Paulo.

O conteúdo ainda está disponível no Facebook, onde foi visto 852 mil vezes. No Youtube, o link que levava ao vídeo exibe a mensagem de que o conteúdo foi "removido por violar as diretrizes da comunidade".

Essa é a primeira vez que Bolsonaro tem um vídeo removido após a nova política para a redução de disseminação de informações enganosas sobre as eleições no Brasil entrar em vigor. As regras permitem a exclusão de vídeos antigos que contenham alegações falsas de fraude eleitoral sobre o pleito de 2018. Antes, o presidente já teve conteúdos deletados por publicar informações falsas referente à pandemia da covid-19 com impacto na saúde pública.

Em outras ocasiões, Bolsonaro também sustentou a ocorrência de violação das urnas eletrônicas em 2014 e 2018. As "provas" de fraude eleitoral citadas por Bolsonaro no vídeo removido foram divulgadas por ele em live no dia 29 de julho do mesmo ano, ainda disponível no YouTube.

A nova política referente às eleições foi anunciada em março deste ano. As ações tomam como "alegações falsas" conteúdos que possam levar eleitores a desistirem de ir às urnas, como afirmações de que os equipamentos tenham sido fraudados.

Alegações sobre a inelegibilidade de candidatos ou políticos em exercício e conteúdos que incitem o público a interferir em processos democráticos também serão removidos.

Estadão
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