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Política

Bolsonaro diz ter sido orientado a ignorar decisão de Moraes

Segundo o presidente da República, partiu de Bruno Bianco, advogado-geral da União, orientação para não comparecer ao depoimento determinado pelo ministro do STF

1 fev 2022 - 10h54
(atualizado às 12h11)
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Jair Bolsonaro em entrevista durante coletiva de imprensa no hospital Vila Nova Star, em São Paulo, após receber alta
Jair Bolsonaro em entrevista durante coletiva de imprensa no hospital Vila Nova Star, em São Paulo, após receber alta
Foto: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA / Estadão

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que partiu do advogado-geral da União, Bruno Bianco, a orientação para que ele não comparecesse à oitiva da Polícia Federal marcada para a última sexta-feira, 28. Naquele dia, o mandatário desobedeceu a uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e se negou a prestar depoimento antes que a ordem fosse avaliada pelo plenário da Corte.

"A decisão foi do advogado, que é como um médico para mim. Eu sigo as orientações, afinal, melhor que discutir na mídia é discutir nos autos", disse o presidente.

Na sexta-feira, no horário marcado para a oitiva, Bianco compareceu à sede da PF no lugar de Bolsonaro e entregou o pedido de anulação da inquirição. A determinação de Moraes era para que o chefe do Executivo fosse ouvido no inquérito que apura suposto vazamento de dados sigilosos da Polícia Federal. No ano passado, o mandatário divulgou informações sobre investigação da corporação enquanto lançava dúvidas sobre a lisura do processo eleitoral brasileiro, durante uma live em que prometera demonstrar a fragilidade da urna eletrônica.

Na segunda-feira, 31, Bolsonaro disse considerar inadequado o fato de ser alvo do inquérito. Ele argumentou que, quando exibiu os documentos referentes à investigação, eles não eram sigilosos. "Aquele inquérito feito pela Polícia Federal a pedido do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no ano passado sempre foi ostensivo, não tinha grau de sigilo nenhum", afirmou o chefe do Executivo.

Na notícia-crime que inaugurou a apuração sobre o vazamento, contudo, ministros do TSE alegaram que "os documentos encaminhados à PF contêm tarja destacada em vermelho com o aviso de sigilo". A peça foi assinada por sete integrantes do tribunal, inclusive por Moraes.

O inquérito divulgado por Bolsonaro nas redes sociais foi aberto pela Polícia Federal dez dias após o segundo turno das eleições de 2018 para apurar uma denúncia de invasão do sistema interno do TSE. Não foram encontrados indícios de que o ataque tenha afetado o resultado das eleições daquele ano nem qualquer outro sinal de efetividade na violação da segurança da urna eletrônica.

Em agosto do ano passado, o mandatário usou o caso para tentar desqualificar a urna e emplacar a adoção do voto impresso, rejeitada pela Câmara.

Estadão
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