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Política

Após falar voto por uma hora e meia, Fux pede relógio em julgamento da trama golpista

Ministro foi o terceiro a votar; com o placar de 2 a 0 pela condenação de Bolsonaro, ainda restam votar Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

10 set 2025 - 11h40
(atualizado às 12h09)
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O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), levou cerca de 1h30 para apresentar suas considerações sobre a competência do julgamento, o mérito da ação, a validade das denúncias contra os réus e, por fim, a legalidade do processo. Antes de iniciar a próxima etapa de sua fala, sobre as premissas teóricas, o ministro pediu a um dos capinhas - assistentes jurídicos da corte - que o ajudasse a checar a duração do voto. 

“Quer me botar um relógio aqui, por gentileza?”, pediu o ministro, um pouco antes do assessor colocar o objeto em sua mesa. “É para controlar o horário”, completou ele. 

Fux diz que juiz deve ter ‘distanciamento’ e ‘humildade para absolver quando houver dúvida’:

Na última terça-feira, o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, levou cerca de 5h para concluir seu voto. Depois dele, foi a vez do juíz Flávio Dino, que demorou 1h30 para proferir seu julgo que, assim como Moraes, decidiu pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de mais sete aliados no caso da trama golpista. 

Fux tem apresentado várias divergências em relação ao voto do relator e até chegou a fazer indiretas a Moraes: "Juiz que se faz mais severo que a lei se torna injusto", diz ele ao citar o jurista italiano Cesare Beccaria. 

Fux diz que STF tem ‘incompetência absoluta’ e pede anulação do processo da trama golpista:

O julgamento

Faltam votar Luiz Fux, Cármen Lúcia e o presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin. Além da sessão desta quarta-feira, prevista para encerrar às 12h, os ministros da Primeira Turma devem se reunir nos dias 11 e 12 de setembro, das 9h às 12h e das 14h às 19h, para continuar discutindo o caso.  Se os réus forem condenados pela maioria, os magistrados partem para a fase de dosimetria da pena, que também será feita de forma individualizada.

São réus no processo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL); ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, Walter Braga Netto; ex-ajudante de ordens Mauro Cid; almirante de esquadra que comandou a Marinha, Almir Garnier; ex-ministro da Justiça, Anderson Torres; ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno; o general e ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira; e o deputado federal e ex-presidente da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Competência do plenário foi ‘rebaixada’ e silenciou vozes de ministros, diz Fux ao defender anulação:

Em relatório final, emitido em julho, a Procuradoria-Geral da República pediu a condenação dos réus (com exceção de Ramagem) pelos crimes:

  • Organização criminosa armada – pena de 3 a 8 anos de prisão, podendo chegar a 17 anos se houver uso de arma de fogo ou participação de funcionário público;
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito – pena de 4 a 8 anos de prisão;
  • Golpe de Estado – pena de 4 a 12 anos de prisão;
  • Dano qualificado pela violência ou grave ameaça – pena de seis meses a 3 anos de prisão;
  • Deterioração de patrimônio tombado – pena de 1 a 3 anos de prisão.
  • As penas máximas somadas podem chegar a 43 anos.
Ministro Luiz Fux no julgamento da trama golpista no STF nesta quarta-feira, 10
Ministro Luiz Fux no julgamento da trama golpista no STF nesta quarta-feira, 10
Foto: Gustavo Moreno/STF
Fonte: Redação Terra
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