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Política

Alerj derruba veto de Cláudio Castro e recria 'gratificação' para policiais por morte de criminosos

Bônus para policial civil pode variar entre 10% a 150% dos vencimentos

19 dez 2025 - 13h10
(atualizado às 13h26)
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Resumo
A Alerj derrubou o veto do governador Cláudio Castro e restabeleceu a "gratificação faroeste", que prevê bônus de 10% a 150% para policiais civis em casos de confrontos letais, apesar de polêmicas e críticas de inconstitucionalidade.
Plenário da Alerj durante votação da derrubada do veto do governador Cláudio Castro
Plenário da Alerj durante votação da derrubada do veto do governador Cláudio Castro
Foto: Divulgação/Thiago Lontra/Alerj

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) derrubou na última sessão do ano na quinta-feira, 18, por 40 votos a 24, o veto do governador Cláudio Castro (PL-RJ) a chamada “gratificação faroeste”, que prevê pagamento adicional a policiais envolvidos em confrontos com resultado de morte de criminosos durante operações.

O artigo que trata da gratificação é parte da lei que reestrutura o quadro permanente da Polícia Civil. O texto havia sido aprovado em setembro, com apoio da base do governador. Em outubro, no entanto, Castro vetou sob a justificativa de ausência de previsão orçamentária para os pagamentos. 

Com a derrubada do veto pelo parlamento, a emenda volta a ser lei. Assim, fica estabelecido pelo dispositivo que um policial civil pode ser premiado, em valores que variam entre 10% a 150% dos vencimentos, em casos como vitimização em serviço, apreensão de armas de grosso calibre ou de uso restrito durante operações, ou ainda a “neutralização de criminosos”.

Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Polícia Civil do Rio de Janeiro, participou da operação em Duque de Caxias.
Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Polícia Civil do Rio de Janeiro, participou da operação em Duque de Caxias.
Foto: Divulgação Core

A Defensoria Pública da União já havia denunciado a ilegalidade do projeto que restabelece a gratificação. Segundo o órgão, a premiação estimula confrontos letais, viola a Constituição Federal e contraria decisões do Supremo Tribunal Federal e da Corte Interamericana de Direitos Humanos.

Apelidada de “gratificação faroeste”, a política não é inédita no estado.Ela foi implementada em 1995, pelo então governador Marcello Alencar (PSDB), e vigorou até 1998, quando acabou suspensa pela própria Alerj após denúncias de extermínio e estímulo à letalidade policial.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Estudos da Religião (Iser) e pela Alerj à época apontou que a taxa de letalidade nos confrontos entre policiais e civis era de dois mortos para cada ferido antes da gratificação. Depois, passou para quatro mortos e um ferido. (*Com informações da Agência Brasil)

Fonte: Portal Terra
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