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Polícia

SP: jovem baleado pela PM em protesto respira sem ajuda de aparelhos

27 jan 2014 - 09h20
(atualizado às 13h23)
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Cartazes foram afixados em frente à Santa Casa de São Paulo, onde algumas pessoas fazem vigília
Foto: Dario Oliveira / Futura Press

O manifestante Fabrício Proteus Nunes Fonseca Mendonça Chaves, 22 anos, baleado por policiais militares no último sábado durante o protesto contra a Copa do Mundo realizado em São Paulo, saiu do coma induzido na manhã desta segunda-feira e agora respira sem a ajuda de aparelhos, segundo a assessoria da Santa Casa da capital paulista. O estado de saúde do jovem, porém, continua grave.

De acordo com boletim médico divulgado às 8h30 desta segunda, Fabrício continua na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e o seu quadro é considerado estável.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP), o rapaz foi atingido ao resistir à prisão e tentar esfaquear um policial militar. O manifestante estava acompanhado de outro homem, de 25 anos, quando foram abordados por uma equipe em patrulhamento na rua da Consolação. O mais novo tentou fugir e foi contido. Segundo a SSP, em sua mochila foram encontrados artefatos explosivos feitos em lata de cerveja.

Durante a abordagem, o suspeito fugiu e teria tentado usar um estilete contra os policiais. Conforme a SSP, na rua Sabará, o rapaz investiu contra um dos PMs que havia perdido o equilíbrio no desnível da calçada. Nesse momento, os policiais atiraram e o jovem caiu no chão. Porém, se levantou e tentou fugir novamente, parando logo depois.

Ferido no ombro direito e na parte interna da coxa esquerda, o rapaz foi conduzido ao Pronto-Socorro da Santa Casa de São Paulo, onde foi operado e permaneceu internado. Um dos policiais sofreu uma torção no braço ao ser contido pelo manifestante e também precisou ser socorrido ao pronto-socorro.

Foi registrado boletim de ocorrência por resistência à prisão, lesão corporal e desobediência na 4ª Delegacia de Polícia (Consolação).

Investigação

A SSP divulgou uma nota relatando a abordagem da PM. Segundo a versão oficial, "o black bloc resistiu à abordagem, fugiu e atacou um policial". Pelo relato da SSP, dois homens foram abordados por policiais militares em patrulhamento na rua da Consolação. "Fabrício tentou fugir e foi contido. Os policiais pediram que ele abrisse a mochila para revistá-la, onde foi encontrado artefato explosivo. Em seguida, fugiu, sendo perseguido por dois PMs", narra a nota. A relato afirma que "próximo a um posto de gasolina, o homem sacou um estilete que estava no bolso da calça e se voltou contra um dos PMs. Neste momento, os policiais atiraram e o suspeito caiu no chão, porém, levantou-se e tentou fugir novamente, parando logo depois".

Vídeo mostra momento em que PM invade hotel em São Paulo:

De acordo com a secretaria, a Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo e a Polícia Civil vão investigar os três PMs que abordaram Fabrício.

Neste domingo, o órgão divulgou um boletim atualizado onde informa que 135 pessoas - 123 eram adultos e 12 adolescentes - foram detidas no protesto na noite de sábado por dano, localização e apreensão de objetos, lesão corporal, resistência, porte de arma, porte de droga, dano qualificado e furto. Todos já foram liberados.

O protesto acabou com três agências bancárias e uma viatura da Guarda Civil Metropolitana destruídos e um Fusca incendiado. Ao todo, foram registradas 13 ocorrências: nove boletins de ocorrência e quatro termos circunstanciados.

Fonte: Terra
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