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Polícia

SC: com medo da violência, taxistas "desaparecem" das ruas

5 mar 2014 - 05h41
(atualizado às 05h59)
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Pontos de táxi ficaram vazios em Florianópolis na última noite de Carnaval
Pontos de táxi ficaram vazios em Florianópolis na última noite de Carnaval
Foto: Fabrício Escandiuzzi / Especial para Terra

Taxistas que trabalham durante a madrugada em Florianópolis afirmaram estar “evitando passageiros” em pontos específicos após ocorrências registradas durante o Carnaval no Estado.

Dois taxistas foram mortos a facadas durante o período de festa – um em Florianópolis e outro em Araquari, no norte do Estado. Além disso, um motorista foi feito refém durante um corrida na madrugada da última segunda-feira na capital catarinense.

Na última noite de Carnaval, a maioria dos pontos de táxi de Florianópolis permanecia completamente deserta. A reportagem do Terra conversou com três taxistas da área central  - e os três não quiseram se identificar por trabalharem com carros “sublocados". Segundo eles, a falta de segurança é uma unanimidade entre os profissinais que trabalham na madrugada.

De acordo com os taxistas, a maioria dos trabalhadores está evitando permanecer nas chamadas "bases" ou aceitar corridas para a região continental. “Estamos rodando a noite inteira, gastando combustível, mas não temos mais segurança para ficar parados no tempo durante a madrugada”, disse um dos taxistas que mantém uma vaga na região da rodoviária. “A solução é rodar e pegar uma corrida através do rádio. Só aceito passageiros que eu tenha que pegar em casa. Muito ruim isso, pois o Carnaval era uma forma de ganhar um dinheiro a mais”.

Passageiros que deixaram a Passarela Nego Quirido, onde foi realizado o desfile das escolas de samba campeãs do Carnaval, enfrentaram dificuldades para voltar para casa. Muitos reclamavam da falta de táxis nos pontos localizados no centro da cidade.

A turista uruguaia Simone Cagnani, 29 anos, que está hospedada no bairro dos Ingleses, localizado a 30 quilômetros do centro, disse ter esperado por mais de 40 minutos por um carro, mesmo solicitando a corrida por meio da central de rádio. “Perguntaram onde estava e quando disse que esperaria na região central, me informaram sobre a demora”, afirma. “Voltei ao local do desfile para tentar conseguir voltar ao hotel”, acrescentou.

No sábado, o taxista Robson Tiago Andrade, 30 anos, foi atingido por duas facadas após aceitar uma corrida na região continental da cidade. Ele não resistu aos ferimentos e morreu ao dar entrada em um hospital local. Na segunda-feira, outro caso assustou a categoria: um taxista foi rendido e mantido como refém por mais de uma hora no centro da cidade.

<a data-cke-saved-href="http://noticias.terra.com.br/infograficos/sistema-prisional-brasil/" href="http://noticias.terra.com.br/infograficos/sistema-prisional-brasil/">Sistema prisional do Brasil</a>
Fonte: Especial para Terra
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