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PM agride mulher por entrega errada de restaurante e é preso

Policial arrastou mulher pelos cabelos e deu chutes na costela e na cara de funcionária, após receber lanche errado

21 mar 2019 - 22h53
(atualizado em 22/3/2019 às 08h42)
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Um policial militar que trabalha no 9º Batalhão do Rio de Janeiro foi preso nesta quinta-feira, 21, sob a acusação de agredir uma mulher que trabalha em uma lanchonete de Curicica, na zona oeste, por causa de um problema no atendimento. A agressão foi registrada pela câmera de segurança da lanchonete. O PM arrastou a mulher pelos cabelos e a agrediu violentamente. A vítima desmaiou e levou três pontos na cabeça.

Segundo a vítima narrou à Polícia Civil, a mulher do PM Augusto Cesar Lima Santana usou um aplicativo de celular para pedir um lanche nesse estabelecimento comercial. A comida encaminhada foi diferente do pedido, e o policial ligou para reclamar. Houve uma discussão por telefone e, segundo a vítima, o homem disse que era delegado da Polícia Federal (PF), fez xingamentos e disse que iria buscar a atendente numa viatura da PF.

Policial militar agride funcionária de lanchonete após erro em seu pedido, em Curicica, na zona oeste do Rio
Policial militar agride funcionária de lanchonete após erro em seu pedido, em Curicica, na zona oeste do Rio
Foto: Reprodução/TV Globo / Estadão Conteúdo

"Ele chegou rendendo os motoboys (que estavam na porta da lanchonete) com uma arma. Depois foi até o balcão, e aí já começaram as agressões", narrou a vítima à TV Globo. "Ele já virou a mão na minha cara, me pegou dentro do balcão, me arrastou pelo cabelo até a calçada, e deu chute na costela, chute na cara. Botou a arma na minha cabeça, botou a arma no meu pescoço, enfim. Eu desmaiei, não me lembro de mais nada", afirmou.

Santana foi preso administrativamente de manhã, e à tarde foi convertida em prisão em flagrante, depois que ele prestou depoimento à 32ª DP (Taquara). Segundo o delegado Maurício Mendonça, responsável pelo caso, o policial alegou que a funcionária do estabelecimento errou ao atender seu pedido e que isso o deixou descontente. Ele pode ser condenado pelos crimes de lesão corporal, injúria, ameaça e falsa identidade - por ter se passado por delegado da Polícia Federal, segundo a vítima.

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