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Polícia

Pagodeiro é arrogante e tinha 'amor descontrolado', diz irmã de vítima

11 set 2013 - 18h17
(atualizado às 21h07)
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A irmã de Andréia Cristina Bezerra Nóbrega, Josilene Bezerra Nóbrega Barros, afirmou em depoimento na tarde desta quarta-feira que Evandro Gomes Correia filho era "arrogante e gostava de humilhar as pessoas". O pagodeiro, foragido há cinco anos, é acusado de provocar a morte da ex-mulher Andréia em novembro de 2008 e de tentativa de homicídio contra o filho Lucas Macedo Nóbrega Correia.

O pagodeiro é julgado no Fórum de Guarulhos desde a manhã desta quarta-feira. O júri popular deve seguir até sexta-feira, mas Evandro deve aparecer para interrogatório nesta quinta-feira.

"No início achávamos que era uma pessoa divertida, alegre e um artista. Mas não demorou nem um ano para começar a se mostrar. Era uma pessoa arrogante, que gostava de humilhar os outros. No início a Andréia não percebia, mas depois notou", afirmou Josilene, em seu depoimento que demorou mais de duas horas.

Durante seus relatos, a irmã lembrou vários casos em que Evandro ameaçou Andréia e chegou até mesmo a agredi-la. "Sempre tivemos muito medo dele, porque ele gritava muito e se tornava muito violento. Era um amor descontrolado o que ele sentia pela minha irmã. E ela tinha pavor dele, pois o Evandro falava que iria dar um tiro na boca dela, xingava de vagabunda, etc. Foram vários episódios."

De acordo com Josilene, Evandro não queria ver Andréia com nenhum outro homem e ameaçava todos os namorados da ex-mulher. "Ele falava que quem bancava tudo era ele, pois pagava apartamento e outras coisas e que não dava dinheiro para sua mulher ficar com outros machos", contou a irmã da vítima.

Em relação à tese da defesa de que Andréia tinha um perfil suicida, Josilene desmentiu e disse que a irmã fazia muitos planos para o futuro, além de amar muito o filho Lucas. "Andréia tinha muitos sonhos e objetivos. Uma pessoa que quer se suicidar não faz planos. Ela jamais disse que iria se matar e, se dissesse, nós procuraríamos um tratamento para ela", afirmou.

A defesa alega que Andréia tentou matar o filho e cometeu suicídio, mas Josilene não acredita nessa versão. "O Lucas era a vida dela. Ela tinha uma proteção extrema com ele. Ele falava: 'minha mãe era linda, um dia ainda vou encontrar com ela'", lembrou.

A irmã falou ainda sobre a relação de Lucas com o pai e disse que o sobrinho se refere ao pagodeiro como "ele" e jamais o chama de pai. "O Lucas deletou o Evandro. Nós nunca falamos mal do Evandro perto dele, e quando ele nos vê falando, nós paramos o assunto, mas o Lucas sabe disso."

Antes de Josilene, foram ouvidas outras três testemunhas no período da tarde, além de outras duas pela manhã. Lucas e a psiquiatra Eliana Curatolo prestaram depoimento de manhã. A pediatra Maria Lúcia BastosPassarelli falou aos jurados no início da tarde. Ela cuidou de Lucas quando ele foi levado à Santa Casa de Misericórdia de São Paulo no dia do ocorrido.

Em seguida, Andressa Moscatelli prestou depoimento arrolada pela defesa. Ela é ex-noiva de Evandro e defendeu o pagodeiro afirmando que, quando o namorava, sofria ameaças de Andréia. Em seguida foi a vez da testemunha sigilosa da acusação A.N.S., na época dono de um estacionamento próximo ao apartamento de Andréia em Guarulhos. Ele afirmou que, na data do crime, Evandro deixou o carro no estacionamento e estava exalando álcool e com os olhos vermelhos.

Fonte: Terra
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