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Polícia

MP quer provar que Beira-Mar usa truculência para intimidar

10 nov 2009 - 13h30
(atualizado às 13h33)
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Celso Bejarano
Direto de Campo Grande

A promotora de Justiça Luciana Rabelo tenta convencer o júri do Fórum de Campo Grande (MS) que o traficante Fernandinho Beira-Mar usava de truculência para intimidar desafetos. Beira-Mar é julgado acusado pela morte do preso João Morel, assassinado em 21 de janeiro de 2001.

A promotora exibiu um vídeo de uma reportagem do programa Domingo Espetacular, da Record, no qual o traficante comandaria a tortura de um homem por telefone. A vítima teria um caso com uma mulher com quem Beira-Mar mantinha relacionamento.

O traficante teria manda arrancar a orelha do que ele chama pelo telefone de "garanhão". A vítima estaria morando com a mulher na região de fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul. Apesar de não ter relação direta com a morte de João Morel, a promotora quer convencer o júri que Beira-Mar usa truculência para intimidar os desafetos.

No início do julgamento, Beira-Mar diz que nunca mandou matar ninguém. Ele confessa ligação com tráfico, apenasO julgamento deve durar o dia todo e o quarteirão onde fica o prédio do Fórum, na região central de Campo Grande, está interditado e cercado por 250 policiais federais, além de policiais civis, militares, homens da Força Nacional e agentes penitenciários. Um helicóptero sobrevoa a região.

Antes do início da sessão, um dos advogados de defesa, Welington Corrêa da Costa Júnior, disse que conversou com Beira-Mar, que nega envolvimento no crime. O traficante pediu empenho do defensor. "Doutor, faça o melhor", afirmou Beira-Mar, de acordo com o advogado.

A disputa entre Beira-Mar e Morel, que seriam comparsas no tráfico de drogas, começou em janeiro de 2000, quando dois irmãos de Morel (Ramón e Mauro) foram assassinados em Capitan Bado, cidade paraguaia que faz fronteira com o município sul-mato-grossense Coronel Sapucaia. Beira-Mar teria mandado matar Ramón e Mauro. Em maio de 2000, Morel foi preso na fronteira e levado para Campo Grande. Um ano depois, foi assassinado por colegas de cela. Beira-Mar disse anteriormente, em depoimento, que Morel "tinha muitos inimigos" interessados em matá-lo.

Três dos suspeitos de envolvimento na execução acabaram assassinados na prisão, mas não há provas que ligue as mortes ao assassinato de Morel. Uma testemunha do crime, também presidiário, foi morta este ano quando foi para o regime semiaberto.

Fonte: Especial para Terra
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