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Polícia

GO: mulheres foram mortas por arma apreendida com vigilante

16 out 2014 - 14h45
(atualizado às 14h52)
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Exames de balística feitos no revólver apreendido na casa de um vigilante de 26 anos, detido terça-feira, indicam que a arma é a mesma com que foram disparados os tiros que mataram ao menos seis pessoas em Goiânia (GO). O rapaz é suspeito de ter assassinado várias mulheres e moradores de rua da capital, ao longo deste ano.

A informação foi divulgada pelo superintendente da Polícia Civil de Goiás, Deusny Aparecido Filho, em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira. Preso em caráter temporário, o vigilante foi apresentado à imprensa em meio a um clima de tensão e comoção. No momento em que o suspeito apareceu, parentes das vítimas que tiveram acesso ao local e que acompanhavam a coletiva passaram a gritar, exigindo justiça e xingando o vigilante, que foi rapidamente retirado do local.

Segundo a assessoria da Secretaria de Segurança Pública, o suspeito era monitorado há mais de um mês. Em depoimento, ele chegou a mencionar ter cometido 39 homicídios, mas, até o momento, a Polícia Civil diz só ter indícios para suspeitar da participação do vigilante em 24 mortes, das quais de 16 mulheres e oito moradores de rua.

O superintendente da Polícia Civil evitou classificar o vigilante como um assassino em série, mas destacou que o rapaz confessou que não matava só mulheres, mas também moradores de rua. O fato torna ainda mais difícil compreender suas motivações.

“Quem vai dizer se trata ou não de um serial killer são os psiquiatras (forenses), mas vale lembrar que ele também matava homens, moradores de rua”, disse Filho, destacando que, em alguns casos, o vigilante também levava dinheiro e pertences pessoais das vítimas. Há a hipótese, sob investigação, de que o rapaz tenha matado também homossexuais e travestis.

A Polícia Civil informou ter apreendido, na casa do rapaz na capital, um revólver, uma moto e recortes de jornais com notícias sobre os assassinatos de moradores de rua. Os investigadores chegaram ao vigilante a partir de imagens registradas por várias câmeras de segurança. Aos delegados, o suspeito teria chegado a dizer que matava para "se livrar de uma angústia e por sentir prazer". Hoje, o superintendente declarou que o vigilante matava “por raiva de tudo”.

Esta manhã, pouco mais de vinte e quatro horas após ser detido em caráter temporário, o vigilante tentou o suicídio. Segundo o Corpo de Bombeiros, ele tentou cortar os pulsos usando cacos de uma lâmpada da cela que ocupava na Delegacia de Repressão a Narcóticos (Denarc). Apesar de ter perdido bastante sangue, o rapaz foi socorrido a tempo e não corre risco de morte.

O advogado do suspeito não havia sido localizado até a publicação da matéria.

Agência Brasil Agência Brasil
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