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Polícia

Funcionário de colégio morto após assalto em SP é velado na BA

Cerca de 300 pessoas acompanham o velório, que ocorre no povoado de Iguá, de onde a vítima saiu com os pais e oito irmãos há cerca de 20 anos

5 jun 2013 - 23h01
(atualizado às 23h06)
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<p>O enterro de Eduardo está marcado para as 7h de quinta-feira</p>
O enterro de Eduardo está marcado para as 7h de quinta-feira
Foto: Mário Bittencourt / Especial para Terra

O corpo do funcionário do colégio Nossa Senhora de Sion Eduardo Souza Viana, 39 anos, morto na segunda-feira durante tentativa de assalto em frente ao estabelecimento, em Higienópolis, no centro de São Paulo, está sendo velado nesta quarta-feira em Vitória da Conquista (BA). O enterro de Eduardo está marcado para as 7h de quinta-feira.

Cerca de 300 pessoas acompanham o velório, que ocorre na casa da família da vítima, no povoado de Iguá (a 12 quilômetros do centro de Vitória da Conquista), de onde Eduardo saiu com os pais e oito irmãos há cerca de 20 anos. Segundo as investigações, ele foi morto depois de sair de uma agência bancária de São Paulo, onde sacou R$ 3 mil. Quando retornava ao colégio para trabalhar, ele foi abordado por um homem armado, que o baleou na cabeça. De acordo com a família, parte dos R$ 3 mil era para investir na reforma de sua casa em São Paulo. Eduardo deixou três filhos.

Familiares e amigos estavam indignados pela forma como ocorreu o crime. “Acho absurda essa violência que tem afetado a vida de pessoas humildes, honestas, trabalhadoras”, disse Jussara Guina, 43 anos, cunhada de Eduardo. Segundo ela, “Eduardo gostava do emprego e queria criar os filhos lá (em São Paulo)”. 

O pai da vítima, Aurelino Suriano Paiva, 75 anos, espera que seja feita justiça. “Que as pessoas que fizeram isso com ele sejam presas. Essa violência machuca demais a gente, acaba com a nossa família”, declarou.

Moradores do Iguá criticaram tanto a violência que ocorre em São Paulo quanto a da região. “A violência em São Paulo é histórica, entra ano e sai ano e continua tendo essas mortes absurdas. Mas não é só lá que tem violência. Aqui no Iguá, há uns 20 dias, mataram um na porta da igreja, na hora da missa”, disse Wanderlan Amaral, 49 anos, primo de Eduardo.

Outro morador, João Alves Souza, 38 anos, disse que “a violência hoje está em todo lugar”. “Não estamos seguros nem dentro de casa. Tive um primo de 22 anos que foi morto há um mês com 10 tiros, num povoado vizinho aqui, na Matinha. Mas sabemos que em São Paulo é pior.”

Em menos de uma semana, é o segundo caso de morador de Vitória da Conquista que sai da cidade para morar em São Paulo e é assassinado. Na última quinta-feira, 30 de maio, o casal Rogério Lima Santos e Eliene Souza Oliveira, ambos de 27 anos, e um filho de 1 ano e oito meses foram mortos a facadas em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. O autor do crime, que era sócio de Rogério, foi preso. A motivação do crime teria sido por desentendimento na sociedade que eles tinham numa loja de venda de peças usadas de automóveis.

Fonte: Especial para Terra
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