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Polícia

Algas encontradas no sapato de Mizael são compatíveis com represa

Segundo biólogo, algas encontradas no sapato de Mizael são compatíveis com as da represa de Nazaré Paulista

11 mar 2013 - 19h30
(atualizado às 22h56)
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O biólogo Carlos Eduardo de Mattos Bicudo afirmou que as algas encontradas no calçado do réu Mizael Bispo de Souza são compatíveis com as existentes na represa de Nazaré Paulista, local onde a ex-namorada do acusado, Mércia Nakashima, foi encontrada morta em junho de 2010. O depoimento foi dado durante o julgamento do réu, que começou nesta segunda-feira em Guarulhos, na Grande São Paulo.

Veja detalhes do caso Mércia 

Veja como funciona o tribunal do júri

Ao responder uma pergunta da defesa de Mizael, o biólogo disse que é grande a possibilidade de Mizael ter adentrado à represa. Segundo ele, o réu teria pisado a uma profundidade entre 20 e 50 centímetros, já que as algas vivem dentro da água.

Samir Haddad Junior, assistente de defesa, perguntou ao biólogo se ele poderia afirmar que ao empurrar o carro da vítima Mizael atolou o pé na margem da represa. A resposta foi: "é a grande possibilidade".

 O biólogo contradisse uma análise feita pelo físico Osvaldo Negrini Neto, dizendo que ele não teria autoridade para refutar o seu relatório. "É um relatório bem escrito, mas conteúdo científico biológico não tem", disse ele. Negrini Neto deverá ser ouvido nesta terça-feira, como testemunha da defesa.

Ele disse ainda que as algas não se desenvolvem na terra ou em uma poça d'água, por exemplo. Ele afirmou que a represa de Nazaré Paulista não é a única que tem esse tipo de alga no Estado de São Paulo, mas que na região de Guarulhos não há relato de outro local que tenha esse tipo de ser vivo.

Bicudo disse ainda que esse tipo de alga é sazonal e que ela se reproduz na época mais fria do ano, que vai de abril a setembro, período em que Mércia foi morta e o seu corpo encontrado.

O caso Mércia

A advogada Mércia Nakashima, 28 anos, desapareceu no dia 23 de maio de 2010, após deixar a casa dos avós em Guarulhos (Grande São Paulo), e foi encontrada morta no dia 11 de junho, em uma represa em Nazaré Paulista, no interior de São Paulo. A perícia apontou que ela levou um tiro no rosto, um tiro no braço esquerdo e outro na mão direita, mas morreu por afogamento quando seu carro foi empurrado para a água.

O ex-namorado de Mércia, o policial militar reformado e advogado Mizael Bispo de Souza, 43 anos, foi apontado como principal suspeito pelo crime e denunciado por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima). De acordo com a investigação, Mércia namorou durante cerca de quatro anos com Mizael, que não se conformava com o fim do relacionamento amoroso. A Promotoria também denunciou o vigia Evandro Bezerra Silva, que teria o ajudado a fugir do local, mas seu julgamento ocorrerá separadamente, em julho deste ano.

Preso em Sergipe dias depois da morte de Mércia, Evandro afirmou ter ajudado Mizael a fugir, mas alegou posteriormente que foi obrigado a confessar a participação no crime, sob tortura. Entretanto, rastreamento de chamadas telefônicas feito pela polícia com autorização da Justiça colocaram os dois na cena do crime, de acordo com as investigações. Outra prova que será usada pela promotoria é um laudo pericial de um sapato de Mizael, no qual foram encontrados vestígios de sangue, partículas ósseas, vestígios do projétil da arma de fogo e uma alga típica de áreas de represa.

Mizael teve sua prisão decretada pela Justiça em dezembro de 2010, mas se escondeu após considerar a prisão "arbitrária e injusta", ficando foragido por mais de um ano. Em fevereiro de 2012, porém, ele se entregou à Justiça de Guarulhos e, desde então, aguardava ao julgamento no Presídio Militar de Romão Gomes - enquanto o vigia permanece preso na Penitenciária de Tremembé. Mizael nega ter assassinado Mércia e disse, na ocasião, que a tratava como "uma rainha". Já o vigia afirmou, em depoimento, que não sabia das intenções do advogado e que apenas lhe deu uma carona. Se condenados, eles podem ficar presos por até 30 anos.

Fonte: Terra
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